Tradição: Antônio Dias Moura é reconhecido como criador do Banho de Mar à Fantasia

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Os apaixonados por carnaval estão contando as horas para a chegada do dia 12 de fevereiro. Ele vai marcar o aquecimento para a folia 2023 através da realização do tradicional Banho de Mar à Fantasia.

E quando falamos tradicional não é força de expressão. O evento conta com registro oficial do ano de 1950 e tem como idealizador reconhecido o saudoso parnanguara Antônio Dias Moura, também criador da escola de samba Junqueira, uma das precursoras do carnaval em Paranaguá.

O Banho à Fantasia não é apenas um evento popular muito famoso entre os moradores da cidade. Ele pode ser considerado um patrimônio histórico e cultural de Paranaguá.

Cristiana Moura tem no sangue a tradição do carnaval. Ela é filha do seu Antônio Dias Moura e para o Portal Mais Notícias contou a história que cerca o surgimento do evento.

“Meu pai na época em que era presidente da escola de samba Junqueira estava no baile do Vermelho e Preto no clube Seleto com a sua bateria. Em determinado momento, começou uma grande confusão e eles saíram “de fuga”, como dizia meu pai, para despistar a polícia, já que, eles é que haviam começado a confusão. De lá, foram direto para o campeonato brasileiro de regata que estava acontecendo em Paranaguá, meu tio na época criança, era um dos competidores e acabou vencendo. Para comemorar, meu pai pegou a bateria da escola e foi da Santa Rita até o mercado onde meu tio tinha parado com o barco”, conta Cristiana.

Ela continua. “Então, ele colocou meu tio em um carro aberto e passou pelas ruas da cidade em cortejo celebrando a vitória com todo mundo fantasiado. Na volta, eles pararam na prainha do Almir, no bairro Costeira, próximo de onde era a sede social da escola de samba Junqueira. Lá, entraram na água para comemorar o resultado da regata, a partir daquele momento surgiu o Banho de Mar à Fantasia”.

Após anos sem a realização do Banho em virtude das restrições impostas pela pandemia, a família Moura não vê a hora de retomar a tradição familiar que contagiou toda uma cidade e milhares de foliões.

“É um misto de tristeza e alegria devido a onda de violência que atinge Paranaguá. Mas devemos levar em conta as pessoas que gostam da brincadeira, da tradição e isso não podemos deixar morrer. Estamos eufóricos e felizes em poder realizar mais um evento na cidade”, completa Cristiana.