Após confirmação de novas variantes, órgãos discutem contenção do coronavírus

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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A Índia foi o primeiro país a registrar novas variantes do coronavírus, com o tipo B.1.617. Porém, elas também foram descobertas no Brasil – a primeira, batizada de P.1, foi identificada, primeiramente, em Manaus, e mais recentemente, a P.4 foi descoberta no interior de São Paulo.

Com o intuito de ampliar as medidas de contenção das novas variantes, durante esta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde (MS) estão se reunindo para realizar reuniões técnicas com as vigilâncias em saúde dos estados, municípios e as companhias aéreas.

Nesta quarta-feira (26), a reunião foi com os Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) de todo o país, para ajustar fluxos de atuação, realizar alinhamento de ações e prestar esclarecimentos sobre o que a Anvisa já tem realizado para conter a circulação dessas variantes.

Dentre os temas a serem tratados está a definição exata do local em que será realizada a quarentena de pessoas que estiveram em viagem à Índia nos últimos 14 dias, e dos encaminhamentos a serem adotados em relação aos casos suspeitos identificados pela Anvisa nos desembarques em aeroportos do Brasil.

Vale destacar que na noite desta quarta-feira (26), o MS informou que o Brasil tem sete casos confirmados da variante indiana, que é mais contagiosa. São seis casos em São Luiz, no Maranhão, e um em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Outros três casos suspeitos são monitorados, em Minas Gerais e no Pará, e aguardam a conclusão de sequenciamento genético.

Quarentena para quem vier da Índia e outros países

Pelas regras atuais, nos termos da Portaria 653/21, os viajantes estrangeiros vindos ou com passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da Índia nos 14 dias anteriores ao embarque estão proibidos de ingressar no Brasil.

Contudo, a norma estabelece exceções. Brasileiros e cônjuges de brasileiros, por exemplo, com origem ou histórico de passagem nesses países devem permanecer em quarentena por 14 dias ao chegar no Brasil.

A ideia do MS e da Anvisa é que os viajantes sujeitos a quarentena sejam encaminhados, em fluxos pactuados entre estados e municípios, a locais específicos para realizar a medida, conforme as condições de cada localidade.

Ainda durante esta semana, a Anvisa se reunirá com as companhias aéreas e concessionárias dos aeroportos, a fim de intensificar as ações já em curso e discutir o fluxo para obtenção de informações dos passageiros de voos, de forma a permitir a identificação mais rápida de contactantes de casos em investigação.

Com informações da Anvisa e Agência Brasil