Autônomos parnanguaras vêem vendas crescer em meio a pandemia

Gostou deste conteúdo? compartilhe...

Facebook
WhatsApp
Email

Segundo o Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) prejudicou de forma expressiva os autônomos, profissionais que trabalham por conta própria. Segundo os últimos dados divulgados pelo órgão, em abril deste ano, essa categoria teve a maior queda no rendimento em 2020, se comparado às demais classes de trabalhadores.

Na contramão dos dados nacionais, autônomos parnanguaras sentiram um crescimento significativo em suas vendas, como é o caso de alguns profissionais que trabalham com a venda de doces e salgados.

Surama Jamille Haggem, moradora do bairro Alexandra, é um exemplo. Há alguns anos, em meio a um momento de dificuldade financeira, criou em sua residência a “Casa da Surama”, onde atendia seus clientes somente aos finais de semana.

Segundo ela, “a ideia surgiu em 2016, um momento de dificuldade financeira, onde apenas eu estava trabalhando, como uma maneira de aumentar minha renda familiar. A princípio comecei com salgados assados e pizzas aos fins de semana. Depois conforme as solicitações de amigos e clientes comecei a fazer outros produtos como bolos de pote, empadões, bolos de festa, docinhos e salgados fritos”. Ela continuou seu trabalho no ramo de alimentação, e mesmo com a pandemia, não sentiu suas vendas serem prejudicadas neste período.

Em meio a pandemia, Surama criou em sua residência a “Casa da Surama”

Não tenho como dizer que fui prejudicada, pois como trabalho apenas com pedidos antecipados, por meio de internet, minhas vendas aumentaram e muito. Faço a divulgação dos meus trabalhos nas minhas redes sociais, o que me aproxima ainda mais dos meus clientes.” Ela afirma que têm uma renda fixa, do seu trabalho como Agente Educacional na rede estadual de ensino, e que os lucros da atividade autônoma ajudam a complementar sua renda familiar. “Aqui todos os integrantes da minha família trabalham juntos”.

Outro exemplo é a jovem Gisela Deniz de Siqueira Ronchi, moradora do Centro, que iniciou seu negócio no ramo da confeitaria, em plena pandemia. Ela é responsável pela marca Nonna Vita Confeitos, e iniciou seus trabalhos, também em sua residência, em setembro de 2020.

A marca é recente relativamente, mas estou bem feliz com o rumo que está tomando, vejo todo dia respostas positivas em relação aos produtos, e é bem motivante”, afirma Gisela. Estudante de Gastronomia, ela investe em qualificação para aprimorar o seu trabalho dia a dia. “É essa relação de afeto com a comida, que veio da minha avó e minha mãe, aliado à muito estudo. Estou sempre me esforçando para aprimorar e deixar os clientes satisfeitos. É sempre uma honra poder ver um bolo ou doce nosso em um momento feliz da vida de alguém.”

Gisela é responsável pela marca Nonna Vita Confeitos

Assim como no exemplo anterior, a empreendedora sente o crescimento em suas vendas, e consegue fazer desse trabalho a sua única fonte de renda. “A pandemia e os preços elevados dos insumos de qualidade é algo que realmente dificulta na hora de vender. Mas venho reinventando algumas coisas nas redes sociais da empresa para alcançar mais pessoas, fazendo algumas dinâmicas diferentes e interagindo mais com o público. A curto prazo tem feito um bom resultado.”