Aves são encontradas mortas na beira-mar de Guaratuba; Biólogo faz alerta

Gostou deste conteúdo? compartilhe...

Facebook
WhatsApp
Email

Duas aves da espécie Atobá Marrom, foram encontradas mortas na manhã desta segunda-feira (28), na beira-mar de Guaratuba.

Frequentadores faziam caminhadas na praia, quando avistaram os animais já sem vida. De imediato, a equipe da Universidade Federal do Paraná, que cuida da vida marinha na região, foi acionada para fazer o recolhimento das aves e apurar as possíveis causas da morte.

A situação causou insegurança, pois a orientação dos profissionais de saúde é que não haja o contato com aves mortas, mediante aos casos envolvendo a disseminação da Gripe Aviária no Litoral do Paraná.

A pedido do Portal Mais Notícias, o Biólogo Caio Fernandes enumerou os possíveis fatores que causaram a morte dos animais.

“Existem muitas possibilidades da causa da morte das aves, podendo ser por ingestão de plásticos, ou microplásticos, o fato de elas terem ficado presas em redes de pesca durante a alimentação, ou ainda por alguma patologia (doença) adquirida. O mais correto é afirmar com certeza depois da necropsia animal. Mas, mesmo assim é importante ressaltar que está circulando o vírus da Gripe Aviária que pode ser transmitida para os seres humanos, então a melhor escolha neste caso é manter o afastamento e chamar os órgãos responsáveis”, explica Caio.

O Biólogo também fez um balanço dos motivos que vem contribuindo para o número crescente e preocupante de animais marinhos mortos encontrados em nossa região.

“Além dos efeitos das alterações climáticas que têm aquecido nossos oceanos, também devemos levar em consideração o despejo irregular de esgotamento sanitário e de substâncias tóxicas oriundas de atividades prestadas por empresas que atuam na região, pesca fantasma, ingestão de plásticos e microplásticos. Além disso, agora ainda temos que nos preocupar com a Influenza Aviária (H5N1), popularmente chamada de Gripe Aviária. Essa é uma doença viral altamente contagiosa que atinge principalmente aves silvestres, mas também mamíferos. Em humanos, o índice de contágio ainda é muito baixo, porém é preciso manter os cuidados”, ressalta.

Segundo ele, para garantir a própria segurança e também a integridade do animal em questão, a melhor alternativa ao se deparar com essa situação é acionar os profissionais dos Programas de Monitoramento de Praias do Centro de Estudos do Mar.

“O contato com o animal é muito perigoso pelo risco de transmissão de doenças, seja pelo contato direto ou respirando o ar que ele expele quando respira, principalmente com o surto de Gripe Aviária que ronda nosso Litoral Paranaense. No caso de animais dentro d’água e na zona de arrebentação, há risco de afogamento ou de o animal se debater, podendo ocasionar ferimentos graves como fraturas e até mesmo causar a morte. Por isso, é sempre recomendado que a população não se aproxime. O correto é entrar em contato com o pessoal dos Programas de Monitoramento de Praias do Centro de Estudos do Mar, pelo telefone: (41) 99213-8746“, orienta o Biólogo.

Vale lembrar que em virtude dos casos de Gripe Aviária detectados, o Paraná decretou emergência zoossanitária desde o dia 25 de julho. Desde 26 de junho, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) publicou uma portaria proibindo a movimentação de aves do Litoral para as demais regiões do Estado.

Imagens: Rádio Litorânea