Caso Kameron: MPPR denuncia padrasto pelos crimes de homicídio e estupro de vulnerável

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A morte da menina Kameron de 11 anos, moradora de Guaraqueçaba, ainda tem causado muita comoção e revolta. Na última quinta-feira (11), o caso ganhou um novo capítulo.

O Ministério Público do Paraná (MPPR), ofereceu denúncia criminal contra o padrasto de 33 anos que é acusado de ter estuprado e matado a criança no dia 26 de abril desse ano. A denúncia foi proposta por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Antonina, responsável pela comarca.

Outras cinco qualificadoras do homicídio são apontadas pelo MPPR, entre elas: feminicídio, emprego de asfixia, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, crime cometido contra menor de 14 anos e com o intuito de assegurar a ocultação e impunidade do delito de estupro de vulnerável.

Além do homicídio qualificado e do estupro de vulnerável, a denúncia aponta também o crime de ocultação de cadáver, já que o denunciado teria escondido o corpo da menina após cometer o homicídio. O padrasto está preso desde a data do crime.

Relembre o Caso 

Na manhã do dia 27 de abril de 2023, equipes da Polícia Militar atenderam uma ocorrência de achado de cadáver na região do Mirante, em Guaraqueçaba. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros também foi deslocada para auxiliar nessa ocorrência.

O corpo foi identificado como sendo da menina Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos, que desapareceu no dia 26 de abril em Ipanema, comunidade rural de Guaraqueçaba.

Funcionários que trabalham em uma fazenda da região, moradores, equipes da Polícia Militar e dos Bombeiros, foram os responsáveis pelo achado de cadáver.

As buscas foram iniciadas na noite de 26 de abril, mas por estar escuro e por ser uma região de mata, foram retomadas na manhã do dia 27. O corpo de Kameron foi encontrado coberto com vegetação, e ela estaria seminua.

O local foi isolado e a criminalística foi deslocada de barco para auxiliar nas investigações e recolhimento do corpo, que foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Paranaguá.

Durante as buscas, o padrasto teria demonstrado certo nervosismo e chegou a afirmar que o corpo da criança havia sido encontrado em Balneário Camboriú. Devido a atitude suspeita e divergências no depoimento, ele precisou ser detido por ser considerado o principal suspeito do crime.

Segundo relato de familiares no Boletim de Ocorrência, no dia 26 de abril, Kameron Odila Gouveia Osolinski, chegou da escola perto das 14 horas e disse que iria fazer um trabalho escolar na casa de sua amiga e retornaria por volta das 18 horas, o que não aconteceu.

Porém, informações apuradas em primeira mão por nossa equipe de jornalismo naquela ocasião, davam conta de que Kameron estaria há 2 meses sem frequentar a casa dessa amiga e que no dia anterior ao seu desaparecimento teria postado lamentações e indiretas em suas redes sociais, dando a entender que estaria passando por problemas em casa.

A mãe preocupada com o atraso da filha, foi até a casa da amiga mencionada, mas descobriu que ela não apareceu no local. Os familiares que moram na localidade fizeram buscas pela região e perguntaram sobre a menina para os moradores, mas não houve nenhum sinal do seu paradeiro.

No entanto, um morador relatou ter visto Kameron em frente à casa da amiga na qual iria fazer o trabalho, mas não soube detalhar para onde a menina estaria indo.

Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, a mãe ligou diversas vezes para o celular de Kameron, mas sem sucesso. Em outro momento, uma pessoa teria atendido a ligação e desligado em seguida. Conforme o relato, um fato que chamou a atenção dos familiares é de que a garota teria levado uma mochila e um carregador de celular, hábitos que não seriam comuns.

No decorrer das investigações, o padrasto chegou a ser detido acusado de ter tirado a vida de Kameron, mas foi solto pouco tempo depois. No dia 29 de abril, ele se entregou à polícia e confessou o crime para o delegado que estava de plantão na Delegacia Cidadã de Paranaguá.

Na ocasião, ele disse que matou a criança após ela se recusar a manter relações sexuais. Em seguida, o acusado teria ocultado o corpo e fugido do local. Ele se encontra preso desde então.