O sonho de ter o próprio negócio, virou um pesadelo para muitos comerciantes e empresários desde que a pandemia de coronavírus começou no Brasil, em março de 2020. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam as portas no Brasil em 2020, primeiro ano de pandemia da Covid-19.
O número de fechamentos dos comércios, a chamada “falência” é a maior registrada desde 2016. O distanciamento social imposto pela pandemia, os horários reduzidos, constantes decretos, menor poder aquisitivo dos consumidores, os quais perderam o emprego ou viram seus salários cair pela metade, foram alguns dos motivos que contribuíram para este declínio de muitos comerciantes e empresários brasileiros.
Paranaguá reflete o drama vivido em todo país, por aqui, muitos estabelecimentos comerciais e até mesmo tradicionais da cidade fecharam suas portas devido a crise financeira instaurada pela pandemia.
Carla Mendes, era proprietária desde 2019, de uma hamburgueria em Paranaguá, ela que estava acostumada com um movimento bastante satisfatório, teve que fechar as portas em janeiro deste ano. “ Logo no início da pandemia, depois de um ou dois meses o movimento já começou a diminuir, o mês de outubro e novembro de 2020 foram os piores. Tentamos usar a pouca economia que tínhamos para ir segurando as pontas, mas não foi o suficiente, em janeiro deste ano tivemos que fechar as portas definitivamente”, afirma ela.
Mesmo assim, Carla e o esposo que trabalham juntos não desistiram, resolveram continuar a vender os lanches em casa por meio do delivery e assim se livrar do aluguel, a decisão não resolveu o problema. “Resolvemos trabalhar apenas com delivery e em casa, mas mesmo assim ainda está muito difícil, as pessoas estão preferindo segurar o dinheiro, fazer comida em casa e economizar”.
Agora, a esperança de muitos comerciantes e empresários é que a campanha de vacinação contra a Covid-19 continue evoluindo e que em breve, a economia do país seja retomada. “ A minha expectativa para o futuro é que tudo vá melhorar, a vacinação está trazendo esperança para o povo, esperamos que nós comerciantes possamos voltar a normalidade assim como o resto da população que tanto perdeu com a chegada deste vírus”, finaliza Carla.
