Covid-19: Parnanguaras avaliam rotina, após quase três meses da nova lei do uso das máscaras

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O uso da máscara como uma das medidas de prevenção contra a Covid-19, passou a ser obrigatória no Paraná no dia 28 de abril de 2020. Com o passar do tempo, a vacinação avançando e os números da doença caindo, o Estado decidiu revogar a lei. A determinação foi divulgada no dia 29 de março de 2022.

Naquela ocasião foi autorizada a circulação em ambientes abertos e fechados sem a utilização do item de segurança. Em Paranaguá, um decreto municipal deixou especificado que a utilização da máscara passava a ser obrigatória apenas em locais que prestam atendimento médico e no interior do transporte coletivo.

“Quase dois anos após a implementação da regra das máscaras, finalmente chegamos ao momento que podemos tirar a imposição do uso das máscaras também em ambientes fechados. Essa conquista só foi possível porque o paranaense aderiu em massa a nossa campanha de imunização e também sempre respeitou as medidas sanitárias nos momentos mais críticas. É uma conquista de todos os paranaenses”, comentou na época o Governador do Paraná Ratinho Junior.

Nestes quase três meses da circulação da nova lei, os parnanguaras parecem bem adaptados a ela, o que antes era algo comum, agora, o uso da máscara é praticamente uma raridade nas ruas e em locais fechados. A enfermeira Renata Ribeiro, por exemplo, diz que utiliza o item durante o trabalho. “Como eu atuo na área da saúde, voltada para a estética, eu utilizo a máscara no meu ambiente de trabalho para realizar os atendimentos”.

Em entrevista recente ao Portal E+ Notícias, o médico João Zattar, ressaltou a importância de continuar utilizando a máscara mesmo após a liberação.

“O uso de máscara continua sendo de extrema importância, especialmente para as pessoas com algum sintoma de infecção respiratória. Nós sabemos da eficácia da máscara no combate à transmissão da Covid-19, portanto, é importante que as pessoas com sintomas respiratórios tenham em mente que mesmo estando em locais abertos ou fechados, devem utilizar a máscara”.

Segundo o médico, a vacinação contra a Covid-19 é indispensável no que se refere a prevenção, mas que ela sozinha, não é o suficiente. “É importante lembrar, que a vacinação é apenas uma das formas de combate à Covid-19, ela é tão importante quanto o uso da máscara em pacientes com sintomas respiratórios, a higienização das mãos, o isolamento domiciliar quando o paciente estiver sintomático, a procura por atendimento médico precoce e realização do exame para saber se o indivíduo está infectado ou não. Então, a vacina faz parte de um conjunto, não pode ser utilizada de forma isolada”.

Outra questão apontada pelo profissional de saúde é que com a chegada dos dias frios, aumentam os casos de doenças respiratórias, as quais, possuem sintomas muito parecidos com a Covid-19. “ Com a chegada do frio, aumentam os casos de doenças respiratórias, como: resfriados, gripes, faringites, entre outras. Com a diminuição dos casos da Covid-19, é bem provável que estas doenças apareçam com mais frequência e é bem difícil distinguir os sintomas. Por isso, é importante que no caso de qualquer sintoma de doença respiratória, como tosse, dor de garganta ou até um mal-estar geral, seja utilizada a máscara de forma precoce e em seguida um médico deve ser procurado. Somente ele pode dar o diagnóstico e realizar o tratamento correto”.

É o caso da Pauline Ploguer, que convive com a rinite há anos e sempre fica em dúvida quando passa por uma crise mais séria.

“A não obrigatoriedade do uso do item, está sendo positiva e ao mesmo tempo prejudicial, eu por exemplo, tenho rinite e pretendo voltar a usar a máscara de proteção em locais fechados como a academia, pois esses tempos, tive sintomas muito estranhos que parecem ser da Covid-19, fui ao médico e descartei a doença, mas ele também notou que minha imunidade está baixa, por isso, volto a usar a máscara para o meu bem e para o bem das pessoas ao redor. Infelizmente os números de casos de Covid-19 estão aumentando e acredito que logo será exigido o uso da máscara novamente”.

A aposentada Ana Maria Moreira só dispensa o uso do item em locais abertos, caso contrário, ele está sempre disponível para ser usado.

“Eu acho que ainda é cedo para deixar de usar totalmente a máscara. Claro que em lugares abertos como nas ruas, parques já dá para deixar de usar, mas eu continuo usando em lojas, supermercado entres outros. Inclusive, agora com a chegada do inverno e o aumento das doenças respiratórias. Não custa nada continuarmos nos cuidando, ou seja, vamos usar as máscaras e álcool em gel por mais um tempinho. A falta das máscaras está afetando o sistema de saúde devido ao crescimento das doenças respiratórias, as quais, vem acometendo na maioria das vezes as nossas crianças”, destaca Ana.