Crise: Pandemia tem prejudicado comerciantes da Feira da Lua

Registro dos bons tempos vividos na Feira da Lua antes da pandemia. Crédito da foto: Márcio Tibiletti

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Antes da pandemia de Covid-19 começar no Brasil, a Feira da Lua era destino certo para quem desejava fazer um roteiro gastronômico por Paranaguá durante as terças-feiras. O movimento era intenso para alegria das dezenas de comerciantes que disputavam um espaço na Praça dos Leões, afim de expor seus produtos.

Na feira, opções para todos os gostos, de produtos alimentícios até artigos de decoração para casa e vestuário. A Feira da Lua começou no ano de 2014 e de lá para cá ganhou cada vez mais prestígio e notoriedade, até que começou a pandemia em março de 2020. A Feira da Lua chegou a ser suspensa durante um período e apesar de retomada na sequência, as coisas nunca mais foram as mesmas para os comerciantes que dela participam.

Para segurança dos próprios permissionários e frequentadores, o número de barracas deve que ser reduzido devido ao distanciamento social. Além disso, o movimento de clientes caiu consideravelmente, primeiro pela insegurança que muitas pessoas sentem ao sair de casa e também devido ao poder aquisitivo mais baixo, o que agravou ainda mais a situação.

A comerciante Inês Aizawa Nunes que vende sucos naturais na Feira da Lua sentiu uma redução drástica em seu movimento desde o início da pandemia. “Está fraco caiu 60%, também não é sempre que consigo ir, tenho medo de ficar exposta neste tempo frio e chuvoso e acabar pegando gripe”, lamenta Inês.

Para tentar driblar os prejuízos e amenizar a crise, Inês teve que adotar algumas estratégias, como a redução do número de funcionários. “Passamos a comprar somente o necessário, não fizemos novas dívidas, reduzimos o número de funcionários e tentamos sobreviver através das outras feiras de rua realizadas em Paranaguá, como a Feira da Catedral e a Feira da Praça Fernando Amaro, só assim não passamos dificuldades”.

Para driblar a crise, Inês tem trabalhado em outras feiras de rua de Paranaguá, como na Feira da Catedral. Crédito da foto: Enviada pela entrevistada

Mesmo em meio a dificuldades, Inês prefere ver o futuro com olhos de esperança e diz que já fez sua parte para ficar longe do coronavírus. “Eu já fiz minha parte, já tomei minha vacina, agora espero dias melhores para todos nós e que a vacinação avance logo e dê segurança para que as pessoas voltem a frequentar a Feira da Lua”, completa ela.