Porto: Derrocagem vai trazer mais segurança para a navegação e meio ambiente

Obra deve trazer muitos benefícios para a economia local. Crédito da foto: AEN

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Ainda durante o mês de junho, a Portos do Paraná vai iniciar uma das obras mais esperadas por toda a comunidade portuária: a derrocagem de uma pequena parte da pedra da palangana, com o objetivo de garantir mais segurança para a navegação e para o meio ambiente.

Segundo a Portos do Paraná, após a retirada dos pontos mais rasos do complexo de rochas subterrâneas, o risco de encalhe de navios e desastres ambientais será muito mais baixo. Atualmente a profundidade no trecho mais crítico é inferior a 12 metros, a expectativa é que com a obra ela passe para 14,6 metros.

“A obra seguirá todos os protocolos de segurança e será realizada de forma controlada, com todos os cuidados para o meio ambiente, para a população que vive nas proximidades e para o porto. Não será feita a explosão de todo o complexo, que tem mais de 200 mil metros cúbicos. Mas a remoção de apenas 22,3 mil metros cúbicos, cerca de 12% do total”, detalhou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da empresa durante entrevista para a Agência Estadual de Notícias.

“Todos os esforços são no sentido de que o crescimento da atividade portuária aconteça de maneira sustentável. Mais de 44% de todos os empregos da região estão ligados aos portos e a arrecadação dos municípios tem como base os impostos pagos pelas empresas que atuam no setor. O porto, para se manter competitivo e manter estes postos de trabalho, precisa realizar obras – seguindo rigorosamente as recomendações dos órgãos ambientais, com programas de mitigação dos impactos e total transparência com a comunidade”, disse ainda o presidente.

O investimento com a obra é de quase R$ 23 milhões e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi o responsável em fornecer a licença ambiental.

A derrocagem integra a Licença de Instalação 1144/2016, da dragagem de aprofundamento de 2017/2018 e está de acordo com todas as exigências da legislação, inclusive foram realizadas audiências públicas e programas de comunicação social.

A questão ambiental envolvendo a obra tem gerado muitas discussões, mas segundo a Portos do Paraná existe um planejamento bastante criterioso para evitar danos ambientais.

“Uma equipe de profissionais especializados e multidisciplinares vai adotar todos os cuidados para evitar animais na área, durante as atividades do derrocamento, usando cortinas de bolhas, fechamento de tocas, emissão de vibrações sonoras subaquáticas, entre outras técnicas que são adotadas para o afugentamento temporário da fauna do local”, afirma João Paulo Ribeiro Santana, diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná.

O vereador Luizinho Maranhão, que também é presidente da Comissão de Assuntos Portuários da Câmara Municipal de Paranaguá, falou sobre as polêmicas envolvendo a realização da obra.

Na imagem o vereador Luizinho Maranhão. Crédito da foto: Folha do Litoral

“Como presidente da Comissão de Assuntos Portuários da Câmara Municipal de Paranaguá eu tenho a obrigação e o dever de restabelecer a verdade diante de alguns fatos que estão ocorrendo em Paranaguá. Primeiro, esta obra obedece a todas as normas de segurança que foram indicadas e referendadas pelo Ibama. Outra questão que deve ser esclarecida é que estão falando em explosão da pedra, não é isso, vão apenas fazer uma derrocagem. Importante destacar também, que ela não vai prejudicar os pescadores, porque vai ser realizada no canal que dá acesso ao Porto de Paranaguá e ali é proibido pescar. Devo também deixar bem claro que de forma nenhuma esta obra vai atrapalhar a qualidade de vida da comunidade indígena até porque eles estão há 4 quilômetros do local da obra”, pontuou o vereador.

Luizinho Maranhão também comentou sobre a importância que a obra terá para a economia local. Segundo ele, a derrocagem vai permitir que aproximadamente 4 milhões de toneladas sejam movimentadas pelo corredor de exportação do Porto de Paranaguá, durante o ano.

“Após a execução desta obra, nossa cidade vai poder receber navios de contêineres que hoje não podemos receber. Cada navio vai poder carregar no mínimo 400 contêineres, fazendo as contas com o que já movimentamos, no ano, vamos poder movimentar algo em torno de 350 a 400 mil contêineres. No final de cada ano, poderemos movimentar perto de 4 milhões de toneladas pelo nosso corredor de exportação. O reflexo deste avanço será sentido nos postos de combustíveis, supermercados, prestadores de serviço, restaurantes. A economia da cidade vai voltar a crescer de forma excepcional”, finaliza ele.