Devido a pandemia, futebol está há mais de um ano sem torcida nas arquibancadas

Torcidas não comparecem aos estádios desde março de 2020. Crédito da foto: Época

Gostou deste conteúdo? compartilhe...

Facebook
WhatsApp
Email

Considerada o 12º jogador dos times de futebol, a torcida tem feito muita falta nos estádios de todo Brasil. Em março de 2021, fez um ano sem a presença dos torcedores nas arquibancadas, vibrando e empurrando os times do coração.

Desde que os casos de Covid-19 começaram a ser registrados no país, o distanciamento social tornou-se essencial como uma das medidas de segurança para evitar aglomerações, nesse contexto, a presença da torcida nos estádios foi proibida.

Mas além de perder o “brilho” devido a ausência da torcida, o futebol também está sentindo no bolso os efeitos da pandemia. Segundo uma pesquisa encabeçada pela Pluri Consultoria, neste primeiro ano de futebol sem torcida, os 34 principais times brasileiros acumularam um prejuízo de R$ 450 milhões de reais.

O comentarista esportivo Thiago Batista detalhou para o portal E+ Notícias as consequências que a falta da torcida tem trazido para o futebol. “As desvantagens de um futebol sem torcida, é lógico que a gente vai pensar primeiro na parte da emoção da torcida estar ali, de ver o time de coração jogando. Tem muitos clubes assim como o querido Rio Branco, que dependem muito da força da sua torcida, muitas vezes não tem um grande elenco e acaba conseguindo algumas vitórias pela pressão da torcida, a torcida consegue ser o 12º jogador dessa equipe e fazer o time superar suas dificuldades”.

Na imagem, o comentarista Thiago Batista. Crédito da foto: Enviada pelo entrevistado

O comentarista continua. “Outra desvantagem sem sombra de dúvidas é a questão financeira, inúmeros clubes acabam perdendo muito dinheiro e se falarmos de nível da série A, tem equipes perdendo milhões de reais mensalmente por conta da falta desta torcida. Essa falta de arrecadação faz com os times tenham que se reinventar, um exemplo é o Flamengo que está com suas contas em ordem, construiu um elenco fantástico, mas já está sofrendo os efeitos da pandemia”, analisa.

Para Thiago, a ausência de torcedores foi ainda mais sentida na América do Sul. “Perde completamente o encanto, principalmente aqui no Brasil, na verdade na América do Sul em geral. Aqui, a torcida é diferente, o torcedor grita, usa sua criatividade, faz do jogo um programa familiar. Então, a torcida faz muita falta desde que começou a pandemia”.

Recentemente, algumas modalidades esportivas voltaram a receber torcedores em países do continente europeu, claro, com as ponderações necessárias para garantir a segurança de todos. A expectativa dos apaixonados pelo esporte é que, em breve, o Brasil esteja entre esses países.

“A gente tem esperança sim e a cada dia que passa ela aumenta ainda mais. Estamos acompanhando a Eurocopa praticamente com os todos os estádios recebendo uma grande parte dos torcedores. Infelizmente, acho que o Brasil vai demorar um pouco, está muito lenta a vacinação no país como um todo, mas esperança a gente tem sim, que tudo vá voltar a normalidade como está voltando na Europa, um exemplo é o automobilismo. No continente europeu, as coisas estão sendo retomadas aos poucos e esperamos esta evolução aqui no brasil”, completa Thiago Batista.

As torcidas organizadas também estão ansiosas para estar juntinho do time do coração, vibrando e mandando aquela energia positiva. Como explica o membro e ex-presidente da torcida organizada do Rio Branco Sport Club, Mateus Scomação.

Torcida organizada não vê a hora de retornar aos estádios. Crédito da foto: Enviada pelo entrevistado

“Óbvio que estamos otimistas para esta volta, a magia do futebol, está principalmente nas arquibancadas, o torcedor é um patrimônio único do futebol, a atmosfera que é transformada ali, na arquibancada, é inexplicável. Mas temos consciência que só estaremos próximo ao novo normal, assim que toda população, ou a maioria, possuir a 2° dose da vacina. Por outro lado, não são todos que querem receber a vacina, o que dificulta ainda mais nesse processo de volta, inclusive o futebol”, destaca Mateus.