Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial reforça os cuidados para evitar a doença que é uma das fatais no Brasil

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Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão é silenciosa e exige bastante atenção e cuidado. Para detectar, é necessário aferir com frequência a pressão e ficar atento aos valores de máxima e mínima, que são consideradas altas quando são iguais ou ultrapassam 14 por 9 (14/90 mmHG).

Por ser uma doença com índices alarmantes no país e também como uma maneira de alertar sobre os sintomas, prevenção e tratamento da doença, 26 de abril foi instituído como Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.

Segundo o médico João Zattar, a hipertensão exige atenção, porque além de ser uma doença, poder ser também sintoma de outras síndromes. “Só para você ter uma ideia, a gente estima que um terço da população mundial tem ou terá um dia, quadro de hipertensão arterial sistêmica, ela é uma doença, mas pode ser também sintoma de uma outra síndrome, como problemas renais, problemas cardíacos e até problemas hepáticos”.

Médico reforça que a hipertensão pode ser sintoma de alguma outra síndrome

De acordo com os cardiologistas, determinados fatores podem acarretar a hipertensão, entre eles: A ingestão de sódio e potássio em excesso, bebidas alcoólicas, sedentarismo, o uso de algumas medicações e drogas ilícitas, além de fatores genéticos, ambientais e sociais, tais como idade, etnia, sexo e sobrepeso/obesidade.

De acordo com a nutricionista Juliana Andrioli, o uso em excesso do sal nos alimentos deve ser revisto por quem tem hipertensão e por quem pretende evitá-la. “Esses alimentos não são necessariamente os salgados, alimentos industrializados podem conter muito sódio mesmo sendo doces, pois alguns conservantes são a base de sódio e também alguns adoçantes, por isso alimentos Diet e Light devem ser observados”.

Nutricionista alerta sobre o risco do excesso de sal nos alimentos

“A OMS prioriza o consumo de 2 mg de sódio ou 5 mg de sal de cozinha por dia, porém, a população brasileira chega a consumir 12 mg, o que sobrecarrega o organismo. Deve-se usar temperos alternativos, como cebola, alho, temperos naturais desidratados, para que não se use tanto sal e também evitar temperos e molhos prontos”, completa Juliana.

Como a hipertensão surge, na maioria dos casos, de forma silenciosa, a melhor maneira de diagnosticá-la é fazendo a aferição periódica da pressão.  No caso, da Técnica em Segurança do Trabalho, Mara Santos, de 52 anos, a doença apresentou sintomas. “Em 2008 apresentei sintomas como tontura, coração disparado, dor de cabeça e até ameaça de desmaio, ao consultar o médico descobri que sou hipertensa, de lá para cá, foi uma mudança de vida, a alimentação é bastante controlada e tomo remédios até hoje”, pontua Mara.

Quando não tratada de forma adequada, a hipertensão pode levar a várias complicações cardiovasculares, como: Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, insuficiência cardíaca, alterações nas grandes artérias do corpo, principalmente aorta (aneurisma, hematomas e ulcerações) e obstruções arteriais periféricas.

Outro alerta dos médicos é que os hipertensos fazem parte do grupo de risco da COVID-19 e que por isso, cuidados básicos como a constante aferição da pressão arterial, devem ser redobrados.

A hipertensão não tem cura, mas a boa notícia é de que pode ser controlada com cuidados simples, como destaca o médico João Zattar.

“ O tratamento envolve tanto a parte de mudança de hábito de vida, como por exemplo, emagrecimento, melhora da dieta, prática de exercícios físicos e também em alguns momentos a utilização de medicamentos que devem ser tomados de forma contínua, o que infelizmente é raro acontecer, muitos pacientes abandonam o tratamento e acabam usando a medicação apenas quando apresentam algum sintoma como dor de cabeça, o que é extremamente perigoso e de nada auxilia no combate à hipertensão”, finaliza o médico.