Você é da época em que as bancas de jornais e revistas eram indispensáveis para se manter informado? Se for, provavelmente lembra da banca localizada no entorno da biblioteca Leônico Correia, em Paranaguá.
A proprietária era dona Elza, hoje no auge dos seus 93 anos, ela é considera a primeira mulher a atuar no ramo na cidade. A primeira banca da visionária empreendedora foi em Matinhos, depois ela resolveu se mudar para a área portuária de Paranaguá em 1979, logo em seguida foi para a região da rodoviária e daí então, inaugurou sua banca na Avenida Gabriel de Lara.
“Ela resolveu investir aqui porque já estava no ramo em Matinhos, onde começou assim que chegou do Norte do Paraná. O movimento era muito bom, desde às 05h30 quando abria até às 21 horas, quando fechava”, conta Raquel, filha da dona Elza.
Na época, as revistas vendiam de vento em poupa e eram o carro chefe do empreendimento. “A maioria das revistas vendia muito bem, mas as revistas Manchete, Veja, Cláudia e o jornal Tribuna do Paraná faziam sucesso durante a semana. Já aos domingos, era o o jornal Gazeta do Povo que batia recorde”, conta Raquel.
Apesar do sucesso nas vendas e da clientela fidelizada, a concorrência era implacável e dona Elza decidiu fechar as portas. Mesmo assim, as memórias afetivas daquela época ainda continuam marcantes. “O que mais ela sente saudade são dos fregueses de anos que acabaram se tornando amigos”, diz Raquel.
Mas, se engana quem pensa que a venda de jornais e revistas ficou no passado. Quem quiser conhecer dona Elza pode ir até a sua nova banquinha. Afinal, ela pode ter mudado de endereço algumas vezes, mas nunca deixou de fazer o que mais ama.
“Atualmente ela continua trabalhando com a venda de revistas e jornais, os poucos que não migraram para o virtual. Para quem quiser prestigiar a Revistaria da Dona Elza, ela está localizada na Rua Barão do Rio Branco, aqui em Paranaguá”, conclui a orgulhosa filha Raquel.
