Nesta semana, os moradores de Morretes foram informados através das Secretarias de Meio Ambiente, Saúde e Agricultura sobre a presença do “Caracol Indiano” na região.
Segundo a orientação da prefeitura em suas redes sociais, o caracol proveniente da Índia pode causar danos nas plantações, transmitir doenças gastrointestinais e até mesmo meningite.
O doutor em Zoologia Carlos Eduardo Belz, professor do Centro de Estudos do Mar da UFPR e membro do Grupo de Malacologia do Paraná, explicou para o Portal E+ Notícias um pouco sobre a espécie.
“Alguns pesquisadores dizem que é a primeira incidência deste caramujo no Brasil, mas na verdade não é, em 2016 já se falava disso. Em Matinhos, já tem incidência deste caramujo, assim como em algumas regiões de Santa Catarina e em algumas cidades do interior do Paraná, o que deve ser observado é o crescimento desta população o que pode ser um problema no futuro. O caramujo terrestre pode servir como hospedeiro intermediário de doenças, o que acontece com vários moluscos. Mas, vale ressaltar que não é ele que transmite a doença e sim o parasita que o utiliza através de sua larva”, diz ele.
O especialista continua. “Esse bicho é uma espécie invasora, ele não é do Brasil e quando ele chega em um novo ambiente, muitas vezes há a ausência de predadores então, quando esta espécie chega neste local ela expande porque está livre para se reproduzir. Posteriormente surgem parasitas e predadores que vão equilibrar esta população”.
O professor ainda reforça que não é preciso alarde, basta tomar alguns cuidados e sempre manter contato com a secretaria de saúde no caso de se certificar que se trata da espécie.
“Não é preciso fazer alarde, se pegar no caracol evite levar as mãos a boca. No caso de encontrá-lo a principal recomendação é procurar a Secretaria de Saúde”.
O Portal E+ Notícias também procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Morretes que nos disse o seguinte:
“A Secretaria Municipal de Agricultura está levantando informações para repassar para a universidade estadual paulista UNESP, afim de buscar alguma solução para esse problema”.
A Prefeitura disse ainda que a população pode entrar em contato através do número: 41 3462- 1266 no caso de notar a presença do caracol.
