O crime conhecido como “vazada” já virou um dos principais desafios da segurança pública em Paranaguá. A cidade que conta com um dos maiores e relevantes portos do Brasil, também sofre com os prejuízos gerados por esta prática.
A dinâmica do ato, consiste na abertura das chamadas “bicas” dos caminhões para o despejo da carga nas vias públicas, e posteriormente no roubo deste material. O produto roubado é levado até o receptador, a pessoa que compra a carga roubada e que portanto, também está inserida na prática criminosa.
São inúmeros os transtornos gerados pela vazada, entre eles: prejuízo financeiro para o caminhoneiro e o dono da carga, sujeira nas vias e risco de acidentes.
Para tornar a situação ainda mais dramática, não existe uma lei específica que possa punir os autores deste crime. A maioria nem chega a ficar detido.
Por isso, ações que visam inibir esta prática criminosa vendo sendo realizadas em Paranaguá.
Na última terça-feira (19), uma força-tarefa foi anunciada pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná. A intenção é combater as vazadas na cidade através da atuação de integrantes da Força Nacional. Eles vão trabalhar em conjunto com policiais civis e militares na Operação Vazadas, ação de combate aos furtos e roubos de cargas.
“Um dos principais desafios que enfrentamos é o combate ao roubo de cargas. O crime de vazada é recorrente e, com esse reforço, poderemos combater esses criminosos de forma mais eficaz”, destaca o Secretário da Segurança Hudson Teixeira.
“Estabelecemos protocolos operacionais e criamos um plano estratégico para a região litorânea. Agora recebemos esse apoio para nos ajudar”, explicou por sua vez, o chefe da Coordenação de Operações Integradas de Segurança Pública (COISP), tenente-coronel Roberto Sampaio Araujo.
Uma reunião técnica realizada no mês de julho em Paranaguá, foi o pontapé inicial da Operação Vazadas. Na oportunidade ficou determinado um revezamento das forças policiais nos pontos de maiores ocorrências da prática criminosa.
Vale lembrar que naquele mesmo mês, já com essa nova postura adotada pelas forças de segurança, foram 36 ocorrências do crime, 7,6% a menos do que em relação ao mesmo período do ano passado. Em agosto, a queda foi ainda mais expressiva, de 29 para 16 (-44%).