Os casos de importunação sexual registrados em um consultório de ginecologia de Paranaguá ganharam um desfecho na manhã desta quarta-feira (22), com a deflagração da Operação Dignĭtas, que significa dignidade em latim.
A Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão. Primeiro, a equipe se dirigiu até a clínica onde o médico fazia atendimento, porém ele não estava. Amauri Bilieri foi encontrado no interior de sua residência, onde foi informado sobre a prisão preventiva. Os policiais tiveram que chamar um chaveiro para ter acesso a casa.
O acusado deverá fazer o uso de tornozeleira eletrônica, está proibido de sair de casa durante a noite, teve o passaporte apreendido e recolhidos seus dispositivos eletrônicos, que serão investigados. Amauri também foi impedido de exercer a profissão e teve o registro médico cassado.
A Polícia Civil de Paranaguá contabilizou em torno de dez boletins de ocorrência contendo denúncias contra o médico. O Delegado responsável pela Operação, participou de uma coletiva de imprensa, na qual, falou sobre o assunto.
Segundo ele, ainda faltam ser ouvidos o investigado e outras testemunhas. Mulheres que já foram vítimas do médico e ainda não procuraram a Polícia, podem fazer suas denúncias de forma anônima.
“Podem denunciar, se dirigir até a Delegacia de Polícia, onde serão atendidas desde a confecção do Boletim de Ocorrência, por uma escrivã mulher. A denúncia anônima pode ser feita via 197, WhatsApp 3420-3600, ou pelo telefone da Delegacia: (41) 3420-3604″.
Sobre um dos Casos:
Na tarde de 3 de maio, a Polícia Militar foi acionada para atender uma denúncia de abuso sexual registrada em um consultório ginecológico, localizado no Bairro Alto São Sebastião, em Paranaguá. Uma mulher de 25 anos de idade foi vítima na situação.
Conforme informações, às 17 horas, a paciente procurou a Clínica Médica de Ginecologia, Obstetrícia e Ultrassonografia para a realização de exames de rotina. Segundo ela, já dentro do consultório e fazendo o exame, foi molestada sexualmente pelo médico.
Após o fato, a jovem alertou o seu esposo do que havia acontecido, ele estava na recepção da clínica, acompanhado pelo filho. Neste momento, em pânico, o profissional de saúde, de 63 anos, pediu ao casal para não acionar a polícia e, posteriormente, fugiu do local antes da chegada da PM.
Foto meramente ilustrativa