Grupo com oito Pinguins-de- Magalhães retornou ao mar nesta terça-feira (12)

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Na manhã desta terça-feira (12), quem estava na praia de Pontal do Sul por volta das 11 horas, foi agraciado com uma cena privilegiada proporcionada pela natureza.

Dezenas de pessoas se reuniram na beira-mar para acompanhar o retorno de oito Pinguins-de Magalhães para seu habitat natural. Os animais foram resgatados e passaram por um longo período de recuperação no Centro de Estudos do Mar (CEM), da UFPR Matinhos.

O trabalho foi encabeçado pela equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

Profissionais gabaritados e especializados na espécie cuidaram de cada detalhe da recuperação. Alguns pinguins estavam no CEM há um mês, outros já há três meses.

Os animais resgatados geralmente foram alvos de rede de pesca, ficaram adoentados, ou consumiram  o lixo despejado na água. O CEM atua desde 2008 no resgate e reabilitação de animais, como os pinguins, aves marinhas, golfinhos, tartarugas, entre outros.

Aos poucos, os animais foram saindo da caixa onde foram transportados e timidamente começaram a reconhecer o ambiente. Até que entraram na água e seguiram o curso natural.

Segundo Camila Domit, bióloga responsável pelo CEM, os pinguins são animais migratórios e encontrados frequentemente em nossa região, especialmente no período entre maio a setembro.

“ Hoje temos condições na UFPR Matinhos de reabilitar e devolver estes animais para a natureza, essa é a parte mais emocionante pois envolve esforço, conhecimento e o engajamento de inúmeros profissionais”, destaca a bióloga Camila Domit.

O local onde os animais foram soltos não foi escolhido de forma aleatória. Fica próximo ao laboratório e das áreas oceânicas, além disso, a comunidade pesqueira da região colaborou com a retirada das redes de pesca durante a soltura dos pinguins.

O responsável técnico veterinário, Fábio Henrique de Lima falou sobre o assunto. “Todos os pinguins atendidos pelo LEC/UFPR chegaram com hipotermia (temperatura corporal baixa), frequência cardíaca e respiratória mais baixa do que o normal, glicemia baixa e desidratação severa”.

Segundo o veterinário, é comum encontrar pinguins mais jovens encalhados, tendo de 2 a 3 anos de idade, pela inexperiência destes indivíduos no processo migratório- mudança do seu local de origem.

Um outro pinguim será solto em breve, pois precisou ficar mais tempo na recuperação. Segundo o CEM, em caso de verificar um animal marinho em situação de vulnerabilidade, o laboratório de ecologia e conservação deve ser procurado imediatamente, ou, os órgãos ligados ao meio ambiente. Não é permitido tocar, nem alimentar estes animais sem orientação profissional.

Fotos: Assesoria CEM