Ian Matiussi é condenado a 12 anos de reclusão em regime fechado pela morte de Nado Valentim

“Nado” Valentim (esquerda) foi morto em dezembro de 2020. Ian Matthews (direita) é o acusado pela morte. Foto: redes sociais

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O réu Ian Matthews Rosano Matiussi, foi condenado no júri popular a 12 anos de reclusão em regime fechado pela morte de Reinaldo “Nado” Valentim. O julgamento aconteceu na quarta-feira, dia 18, e foi realizado na 1ª Vara Criminal de Paranaguá.

A condenação foi proferida pelo juiz de direito, Márcio Iglesias de Souza Fernandes. Ian foi encaminhado diretamente para a DEPEN de Paranaguá.

JULGAMENTO

O julgamento teve início por volta das 9 horas de quarta-feira , 18 e terminou por volta das 2 horas de quinta-feira, 19.  O júri foi formado por sete pessoas, sendo seis mulheres e um homem, e ao todo, foram ouvidas nove testemunhas, além do réu Ian Matiussi.

Na sequência, foi realizado o debate entre os advogados de acusação e defesa, que durou aproximadamente cinco horas.

 

ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO

O Assistente de Acusação, doutor Giordano Vilarinho, disse após o resultou que o êxito foi alcançado. “Hoje, graças a Deus, graças ao bom trabalho, graças ao senso de justiça dos jurados, graças ao excelente trabalho da promotora de justiça, a acusação logrou êxito na condenação”.

O advogado ainda relatou como foi o primeiro contato com a família após o resultado. “A família, veja, nada que for feito ou dito vai trazer de novo a folclórica figura do Nado Valentim, uma pessoa amada, adorada na Ilha do Mel, na praia de Encantadas. Mas pelo menos isso vai dar um acalento no coração de todos. De todos os familiares e de todas as pessoas que conheciam ele”.

 

ADVOGADO DE DEFESA

A advogada de Defesa, doutora Aline Vasconcelos, atendeu a imprensa após o resultado e disse que aceita a decisão do júri, mas que irá recorrer. “A defesa, obviamente, dentro de uma prisão ninguém fica feliz, certo? Mas a sociedade de Paranaguá, assim, decidiu, a defesa, obviamente, aceita o que a sociedade decide aqui de Paranaguá. Iremos, de uma forma objetiva, recorrer da decisão para outros quesitos já apontados anteriormente”.

“A gente recorrerá porque também tivemos uma decisão anteriormente que o manteve solto e até hoje solto nunca cumpriu nenhuma falta de tornozeleira. Todo momento que se manteve solto, agiu, esteve na justiça em todo momento e espero que assim continue”, completou a advogada.

 

RELEMBRE O CASO

O caso ocorreu em 27 de dezembro de 2020, na Praia de Fora, em Encantadas, na Ilha do Mel.

Ian Matiussi, que tinha 19 anos na época, foi preso no mesmo dia pela equipe da Guarda Civil Municipal. Ele estava com a roupa suja de sangue e, ao ser questionado sobre a situação, afirmou que apenas agrediu um homem na praia, sem fornecer detalhes sobre a motivação.

O acusado, morador de Guarulhos, São Paulo, estava na Ilha do Mel em uma excursão com amigos. Na ocasião, o delegado de plantão, doutor Rafael Bacelar de Souza, que trabalhava na Operação Verão na cidade de Paranaguá, decretou a prisão preventiva de Ian Matiussi, que ficou oito meses detido, e aguardava o julgamento em liberdade desde então.