Ilha das Peças: O paraíso natural que encanta pela beleza e povo acolhedor

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Na baía de Paranaguá, em um ponto do horizonte está a Ilha das Peças. Ela pertence ao município de Guaraqueçaba e faz parte do Parque Nacional de Superagui, assim como a Ilha de Superagui e outras ilhas da região.

Segundo relatos da história do lugar, seus primeiros habitantes foram os índios tupiniquins. Na época da pirataria, chegaram os europeus: franceses desembarcavam em Superagui e se refugiavam na Ilha das Peças para aguardar as embarcações que iriam saquear.

Uma das maiores curiosidades sobre o lugar é a origem do seu nome e versões é o que não faltam para tentar explicá-lo. A primeira delas afirma que o nome de Ilha das Peças teve origem devido ao tráfico de escravos, pois, escravos vindos do Norte eram trazidos para trabalhar no Sul, mas como este comércio era proibido, os navios não podiam chegar até Paranaguá com a “carga” de escravos a mostra, então, as “peças”, como os escravos eram chamados naquele tempo, eram deixadas em uma ilha na entrada da Baía de Paranaguá. As ilhas eram lugares estratégicos para os comerciantes, pois ficavam a uma boa distância da cidade, tinham bom lugar para desembarque e os escravos poderiam ser escondidos até que se concluísse a negociação em Paranaguá.

Já uma outra versão afirma que a ilha recebeu o nome porque era um esconderijo para as peças saqueadas por piratas, mas vale lembrar que nenhuma das versões tem registro oficial.

A Ilha das Peças possui muitos atrativos. Se você é do tipo que gosta de uma boa caminhada na praia, ela é o lugar ideal, são mais de 18 km de praias desertas para explorar. Além disso, é conhecida por ser o berçário dos botos-cinza e uma de suas maiores atrações é justamente a observação dos botos. Ela também é uma ótima opção para quem aprecia lugares pacatos, seguros e cercados de belezas naturais. Ainda conta com ótimos restaurantes para quem não abre mão de conhecer a culinária local.

Atualmente a ilha possui instituições de ensino, vários estabelecimentos comerciais, pousada, restaurantes, posto de saúde, igrejas, campo de futebol, associação de mulheres, onde funcionam as cozinhas e os restaurantes comunitários, associação de moradores e associação de condutores de ecoturismo. Mas nem sempre foi assim, Maria de Fátima Silva é moradora de Paranaguá e conta como começou a sua história com a Ilha das Peças há 30 anos. 

“Quando eu era adolescente fui convidada por uma amiga para conhecer a Ilha das Peças e lá acabei me relacionando com uma pessoa que era morador, mas que já estava residindo em Paranaguá. Acabei me casando com ele e de lá para cá, já se passaram 30 anos de casamento e frequentando a Ilha das Peças”, relembra Maria de Fátima.

De acordo com ela, nesses 30 anos, muitas mudanças aconteceram no lugar, a chegada da luz elétrica, da água encanada e da tecnologia foram as evoluções mais marcantes.

“Vi toda a evolução do lugar, toda a história da Ilha, desde a época em que não existia energia elétrica e usávamos liquinho, lamparina. Depois veio o gerador e daí sim o fornecimento de luz que conhecemos hoje. Os alimentos nós conservávamos em isopor para não estragar, a água era tirada do poço e a comida feita no fogão a lenha. Hoje a estrutura é diferenciada, os moradores e visitantes contam com facilidades, com conforto”, destaca ela.

Quando o passado é relembrado são muitas as lembranças boas e marcantes vivenciadas na Ilha das Peças. “A Ilha é muito atrativa, um lugar calmo, seguro, pacífico, onde você não se preocupa. No passado o movimento era maior com a tradicional festa de janeiro, o carnaval que era muito animado com os bailes nos clubes. Grupos de famílias e amigos se reuniam para ir até lá. As melhores lembranças era quando reuníamos a família, muitas dessas pessoas não estão mais aqui. Também tenho boas recordações dos passeios na praia, de bicicleta, são lembranças que marcam quem aprecia este tipo de programa de contato com a natureza”, explica Maria de Fátima.

Ela finaliza deixando um convite para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer um dos seus lugares preferidos no mundo. “Conhecer a Ilha é saber que você vai ver os botos, sentar embaixo de uma árvore sem se preocupar, apreciar a infinita natureza do lugar e ser recebido por um povo muito acolhedor. Quando você entra no barco em direção à Ilha das Peças você vê aquela imensidão, toda aquela beleza criada pelas mãos de Deus e isso não tem preço”, conclui.

O que fazer na Ilha das Peças:

– Descansar e curtir a tranquilidade

– Observar botos

– Caminhadas

– Passeios de barco

– Apreciar as belezas naturais do lugar

– Conferir as delícias culinárias dos seus restaurantes


Com informações e fotos: Me leva Viajar