Instalação de fábrica em Alexandra, divide opinião dos moradores e causa polêmica

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No dia 17 de março, a partir das 19 horas, acontece no barracão da Igreja Bom Jesus, em Alexandra, uma reunião entre os moradores do Rio das Pedras, Toca do Coelho, Km 19 e regiões do entorno.

O objetivo da reunião, que faz parte dos protocolos que precisam ser seguidos pela empresa Chapaval Comércio de Importação e Exportação de Pescados Ltda, é debater questões relacionadas a instalação de uma fábrica de farinha e óleo de peixe, que deve ser instalada na região do Rio das Pedras, em breve. Na ocasião, será colocada em pauta o estudo de impactos de vizinhança.

No ano passado, já foram realizadas reuniões entre os moradores de Alexandra e os responsáveis pela fábrica. O assunto tem gerado muita polêmica, porque alguns moradores acreditam que a instalação do empreendimento irá trazer problemas diversos para a região, entre eles: a poluição, no caso de descarte incorreto do material e mau cheiro que será expelido pelo produto manuseado.

Uma publicação sobre o assunto viralizou nas redes sociais recentemente. Nela, uma moradora fala sobre o assunto.

“Não sou contra o desenvolvimento, sou contra o tipo de material que será manuseado e utilizado na fábrica de farinha e óleo de peixe, tenho pesquisado e lido diversas matérias em várias regiões do Brasil e do exterior, e só problemas. Se a fábrica conseguir se instalar com o apoio da comunidade, teremos muitos problemas futuros que serão difíceis de resolver após a instalação. Muita gente está falando que estamos brigando mesmo antes de ver como funciona. Eu particularmente não quero pagar para ver”, diz parte da publicação.

Ainda segundo a moradora, no dia 27 de abril, será organizada uma nova audiência pública, também na região do Rio das Pedras, onde, tudo indica, irá funcionar o novo empreendimento. A tramitação do processo de instalação pode ser acompanhada pela internet, por meio do endereço eletrônico: https://www.paranagua.pr.gov.br/conteudo/secretarias-e-orgaos/urbanismo/eiv-em-analise.

“Não estamos brigando pela não instalação de indústrias ou fábricas, estamos brigando pela saúde e bem estar de toda comunidade. Queremos progresso, queremos indústrias, queremos empresas, queremos empregos para todos, mas não as custas da saúde e do bem- estar de muitos”, finaliza a publicação.

Vale lembrar, que os moradores de Alexandra ainda precisam conviver com a presença de um aterro sanitário instalado na região.

Como vai funcionar a fábrica:

No local, não serão comercializados peixes “in natura”, eles irão passar por um processo para que sejam transformados em óleo e farinha. Além disso, o procedimento dará origem a um terceiro produto que poderá ser usado com outras finalidades, como ração animal.