A cultura de Paranaguá fica ainda mais rica a cada dia que passa, e no dia 3 de setembro, ela ganha um novo e importante capítulo.
Nesta data, a Professora Mestra Angélica Ripari fará o lançamento do seu segundo livro: ‘A vampira de Paranaguá’, inspirado na obra ‘O vampiro de Curitiba’, do escritor curitibano Dalton Trevisan.
A sua primeira obra homenageia um dos ícones do fandango caiçara: Mestre Zeca – fandango pra não morrer, que conquistou o coração e a admiração dos parnanguaras.
A nova obra da professora é baseada no livro de Trevisan, publicado em 1965, que é um dos seus favoritos. Editada pela Balanço da Canoa, ela proporciona uma outra perspectiva referente as ações do ‘vampiro de Curitiba’. O livro busca explorar como uma das vítimas do vampiro repete as ações de seu algoz.
A publicação do livro conta com o apoio da Prefeitura de Paranaguá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secultur), através de recursos da Lei Aldir Blanc. As ilustrações são da artista Juliana Gatto.
O evento de lançamento acontece no dia 3 de setembro, a partir das 16 horas, na Casa Santo Antônio, localizada na Rua XV de novembro, 92, Centro Histórico de Paranaguá. Os primeiros exemplares serão distribuídos gratuitamente para os presentes.
Angélica Ripari tem 34 anos é Mestra em ciências sociais pela Universidade Estadual de Maringá e professora de sociologia da rede pública do Paraná. Quer conhecer mais sobre esta bela obra? Confira a entrevista!
Como surgiu a ideia do livro?
Eu li uma primeira vez o livro quando eu era bem jovem. Tinha adorado, tinha marcado como um dos meus autores favoritos. Depois mais velha fui reler e me gerou muito incômodo, o naturalismo que de primeira parecia uma quebra de regras me pareceu uma afronta. E essa colocação do protagonista como um herói, que você como leitor não se indigna, aceita como o lugar comum de um homem, pra mim diz muito sobre como lidamos com homens que agem dessa mesma maneira (ainda hoje). Acredito que a diferença se deve às experiências de vida nesse espaço de tempo, de conseguir se colocar mais no lugar da vítima do vampiro. E depois de vivenciar mais esse lugar, fiquei com essa sensação da necessidade de uma resposta, tanto do livro como também dos “Nelsinhos” que existem por aí.
Qual foi a sensação de ver o projeto pronto ?
Já estava com a ideia do livro na cabeça há algum tempo. Tinha até algumas coisas rabiscadas. Então, quando vi ele pronto tive a sensação de dever cumprido. Como se tivesse conseguido fazer o que deveria ser feito.
Onde adquirir a obra ?
O livro foi produzido pela lei de incentivo aldir blanc, uma conquista muito importante que manteve viva a cultura durante a pandemia, mas que ao mesmo tempo foi emergencial, com pouca verba. Por isso impresso são muito poucos exemplares, que serão distribuídos no evento de lançamento. Mas de acordo com o edital terá uma versão digital disponibilizada do livro, que depende da Secretaria de Cultura de Paranaguá.
Com apoio de Informações da assessoria de imprensa