Médico fala sobre a dengue, seus principais sintomas e tratamento

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Os casos de dengue aumentam a cada dia em todo Paraná e os municípios que compõe o litoral seguem a média, como pode ser observado semanalmente nos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA).

Só na última terça-feira (10), a SESA já havia contabilizado 43.751 casos confirmados da doença no Paraná e 12 óbitos durante o novo período sazonal, que começou em agosto de 2021 e segue até julho de 2022.

Como os casos confirmados estão acima da média esperada, o Paraná chegou a decretar estado epidêmico da doença. Embora os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor, o aedes aegypti, sejam difundidos amplamente, as campanhas de prevenção e fiscalização de possíveis focos, se intensificaram nos municípios paranaenses.

Para falar sobre a doença, seus sintomas, forma de prevenção e tratamento, o Portal E+ Notícias bateu um papo com o médico parnanguara João Felipe Zattar.

Foto: Folha do Litoral

“ Entre os sintomas que devem ser observados estão as dores articulares, dores musculares, dor de cabeça em especial a dor de cabeça atrás dos olhos, febre em alguns casos. Pacientes que têm a imunidade comprometida, como aqueles que fazem tratamento de combate ao câncer, por exemplo, podem ter dengue sem febre. Também há casos em que o paciente fica com manchas vermelhas pelo corpo e com coceira”.

Segundo o médico, é preciso ficar atento aos sintomas e procurar ajuda de um profissional de saúde o mais rápido possível, antes que a doença evolua.

“O interessante é procurar um médico no início, quando você começa com dores no corpo e com quadro de febre associados. Na maioria das vezes, é pedido um teste para confirmar a doença, como teste de sorologia para dar o diagnóstico. Isso é necessário porque junto a dengue, vemos outras doenças acontecendo atualmente como a Influenza e a Covid-19”.

Já o tratamento deve ser feito com um remédio específico para cada sintoma, pois ainda não existe um medicamento próprio para ser usado durante o tratamento contra a dengue.

“O tratamento é basicamente sintomático, além do acompanhamento e observação do paciente do começo ao fim da doença, ainda não existe uma medicação específica para a dengue, por isso, são usados analgésicos para as dores, antitérmicos para a febre e remédios para acabar com episódios de vômito. A hidratação também é fundamental, mas deve ser feita sem exagero e de forma específica para cada paciente. Em média entre 5 a 10 dias a pessoa está melhor”.

O médico também reforça a importância da prevenção, que é basicamente evitar os focos do mosquito transmissor aedes aegypti

“A prevenção é acabar com os focos do mosquito transmissor, evitar água parada em casa, nos quintais, sempre olhar nos locais mais escondidos como atrás da geladeira, colocar telas nas janelas e usar o repelente”.

Foto: Globo

Em sua forma mais grave, a dengue pode sim, levar ao óbito. Por isso, é necessário ficar atento à evolução da doença.

“A forma mais grave da doença é a Síndrome do Choque da Dengue e Febre Hemorrágica, mais conhecida como Dengue Hemorrágica. Os sintomas devem ser observados e a ajuda médica deve ser procura de imediato, entre os sintomas: dor abdominal intensa, vômito que não melhora, retorno da febre entre o 5º e 7º dia, aparecimento de sangramento na gengiva, urina ou nas fezes, presença de confusão mental ou quadro de edema (inchaço). Vale lembrar que pessoas que já tratam diabetes, deficiências cardíacas ou nos rins, por exemplo, devem estar em constante acompanhamento”, alerta o médico.