Na foto, o pequeno Nicolas Garcia Loppnow, de 11 anos, segura um cartaz onde comemora a vitória contra a Covid-19 nas redes sociais, mas para chegar até a recuperação, foi necessário passar por dias de muita luta e insegurança.
Nicolas é autista e frequenta regulamente a rede particular de ensino, segundo a família, os cuidados com a saúde do menino são redobrados, mas não impediram que ele começasse a se queixar de dor de cabeça, ardência nas vias respiratórias e dor de garanta. Os pais de imediato procuraram o médico da família que solicitou o exame para detectar a Covid-19.
De acordo com a mãe de Nicolas, Rubiane Garcia Luppnown, o resultado positivo saiu em 48 horas e foi um tremendo susto, pois a família acreditava que os sintomas apresentados pela criança fossem da rinite atacada.
“Ficamos com medo quando Nicolas começou a se queixar de dores no corpo, ter febre e câimbras, ele chorava de dor, então veio a tosse seca e a respiração mais pesada. Mas com a graça de Deus a saturação baixou muito pouco e ele pode fazer o tratamento em casa. Meu maior medo foi que ele teve contato com a vó (minha mãe) que é de alto risco, diabética e recém transplantada, mas ela não foi contaminada porque mantivemos os cuidados básicos, sempre usando máscara, álcool em gel e lavando constantemente as mãos”, pontua a mãe.
A história de Nicolas felizmente teve um final feliz, mas nem sempre o desfecho é esse. Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe) até meados de maio, 948 crianças de zero a nove anos morreram de Covid-19 no Brasil. O mais preocupante é que as vacinas ainda não são aplicadas nos pequenos, deixando-os ainda mais vulneráveis à doença e tornando necessário que os cuidados para evitar a contaminação sejam redobrados.
“Acredito que Deus nos ajudou a passar por essa fase de medo e dúvidas e hoje podemos nos alegrar por ter vencido mais essa batalha, o que nos entristece é saber que muitas famílias não puderam comemorar como nós e a estas famílias, a estas mães, esposas e filhas minha solidariedade”, finaliza Rubiane.