Mesmo com estabilização da pandemia, a profissão Motoboy continua em alta

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O trabalho dos motoboys tem sido amplamente procurado desde que a pandemia de Covid-19 se instaurou no Brasil em 2020. A exigência do distanciamento social e em alguns momentos, o fechamento de grande parte do comércio, tornou a prestação de serviço mais necessária do que nunca.

Embora os números de casos e mortes em decorrência da Covid-19, tenham caído nos últimos tempos e a vacinação tenha possibilitado uma flexibilização maior com relação ao funcionamento dos estabelecimentos comerciais, muitas pessoas ainda não se sentem totalmente seguras e preferem receber seus pedidos, no conforto do seu lar.

O Brasil tem o maior número de motoboys do mundo. Segundo dados do Sindimoto – SP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo), em todo o país são mais de 900 mil profissionais sobre duas rodas.

E se engana quem pensa que o trabalho dos motoboys cresceu apenas no ramo alimentício durante a pandemia. Outros ramos de atuação, como o de bebidas, vestuário e cosméticos também passaram a contar com o trabalho destes profissionais. A expectativa é que mesmo com o fim da pandemia, a procura pelo serviço continue em alta.

“O serviço de motoboy ainda é um dos mais procurados por ambas as partes. Tanto pelo trabalhador, devido a facilidade de arrumar emprego como pelo usuário, afinal, quem não quer receber uma encomenda, ou um lanche, no conforto do seu lar, não é mesmo? Com a pandemia aumentou bastante a nossa remessa para entrega, mesmo agora tendo estabilizado, continua uma demanda alta. Não dá para reclamar, tem serviço para todos”, diz o motoboy Mauro William.

O empresário Renato Couto é proprietário de um estabelecimento comercial que vende guloseimas na Vila Guarani em Paranaguá, no cardápio produtos como: maçã do amor, milho verde, churros e pamonha, são muito requisitados pelos parnanguaras e no período mais crítico da pandemia, esta procura só aumentou.

“Acredito que o delivery entrou de vez no gosto das famílias, as pessoas se adaptaram durante o período de pandemia à comodidade de ter o alimento no conforto do seu lar. Nesse período pós pandemia estamos notando mais investimentos tanto em tecnologia quanto em boas embalagens, fazendo com que o delivery se solidifique ainda mais. Acredito que esse setor ainda vai crescer muito nos próximos anos”, conta o empresário.

Mesmo comprovada a importância do trabalho dos motoboys, muitos clientes ainda têm um certo preconceito, como explica Mauro William.

“Ainda há uma pequena massa de pessoas que não nos respeita por ser motoboy, acham que devemos nos sujeitar a tudo e a todos, só porque estamos trabalhando, não funciona assim. É importante reforçar que existem leis e que elas nos protegem contra certas pessoas”, finaliza o trabalhador.

 

Foto Ilustrativa Capa: G1