Na manhã desta quinta-feira (04), após solicitação via 190, a Polícia Militar foi acionada para se deslocar até o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, a fim de atender uma situação de falsidade ideológica que, de tão absurda, parece ter saído de um enredo de novela mexicana.
Conforme o relato, às 9 horas, o diretor do setor de enfermagem recebeu uma denúncia anônima, dando conta de que no dia 03, quarta-feira, uma mulher grávida havia dado entrada na maternidade da unidade de saúde, identificando-se com a certidão de nascimento de outra pessoa.
Ocorre que, após o parto, na hora de registrar o recém-nascido, ainda dentro do hospital, a mulher se confundiu e acabou informando o seu verdadeiro nome, corrigindo-se depois da trapalhada, fazendo a equipe médica desconfiar de que algo errado estava acontecendo.
Com a polícia no local, a suspeita ficou muito nervosa e acabou confessando que havia feito um acordo com um casal de Curitiba. Ela daria entrada no hospital utilizando a certidão de nascimento da mulher que estava interessada no bebê, uma advogada, e depois do parto, entregaria a criança.
A irmã da referida profissional intermediou toda a ação, disponibilizando transporte, documentos, e fazendo orientações à gestante, sobre o que ela deveria dizer na recepção da maternidade, a fim de ser atendida sem levantar suspeitas.
Para piorar a situação, no momento em que os policiais colhiam informações, inadvertidamente, a fim de visitar a moça, o marido da advogada entrou no quarto hospitalar e acabou se surpreendendo com a presença da equipe de Rádio Patrulhamento Auto (RPA).
Assustado, ele ainda tentou disfarçar o deslize, chamando a mulher pelo nome da sua esposa. Contudo, confrontado, acabou confessando todo o plano, inclusive, acrescentando que teve um caso com a denunciada, e que após saber que ela estava grávida, com a participação da sua mulher, decidiu engenhar a fraude e ficar com a criança.
Diante dos fatos, todos os envolvidos foram qualificados. Por estar em período puerpério, a Autoridade de Polícia Judiciária resolveu não realizar o flagrante da parturiente. O caso será investigado pela Polícia Civil.