Novembro Azul: números da pandemia alertam para a retomada de exames preventivos

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Há dez anos, em todo o país, o mês de novembro é marcado por campanhas de conscientização sobre os cuidados necessários com a saúde do homem.

Criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), o movimento Novembro Azul ressalta a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mais comum entre a população masculina.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no período de 2020 a 2022, 65 mil novos casos anuais devem ser registrados no país, trazendo um alerta para a necessidade de hábitos saudáveis e do acompanhamento médico como forma de prevenção.

A importância da conscientização aumenta quando observamos que quase metade da população brasileira é formada por homens que nem sempre cuidam da saúde como deveriam.

“A situação, que já não era das melhores, piorou durante a pandemia. Muitos de nós descuidamos dos exames de rotina e de prevenção. Mas agora, com a vacina e com os índices da doença mais controlados é hora de retomarmos estes cuidados”, avalia o médico e deputado federal Luciano Ducci.

Os desafios dos últimos anos impactaram diretamente os cuidados com a saúde. Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS mostram que o número de consultas urológicas caiu33,5% entre 2019 e 2020. As cirurgias também apresentaram queda de 21,5%.

É MELHOR PREVENIR –  As chances de cura existem e são reais. Para isso, é preciso que o diagnóstico seja feito o quanto antes.

A indicação da melhor forma de tratamento depende do estado de saúde, do avanço da doença e da expectativa de vida. Em casos de tumores com baixa agressividade existe a opção de monitoramento, intervindo se houver progressão.

O exame de toque retal e de PSA (Antígeno Prostático Específico), são os principais meios para detectar a doença precocemente, quando as chances de cura são maiores e os tratamentos são menos invasivos.

O acompanhamento deve ser feito a partir dos 50 anos. Para homens com histórico familiar da doença, a busca por um especialista precisa ser ainda mais cedo, aos 45 anos.

Ducci, que é médico, reforça o caminho da prevenção como a melhor alternativa.

“O câncer de próstata, por exemplo, é o mais comum entre os homens e tem cura se descoberto com antecedência. Mas é preciso deixar de lado o preconceito e ter foco na saúde. Não espere adoecer para procurar atendimento, o segredo é sempre estar atento aos sinais do corpo e apostar em prevenção”, finaliza o parlamentar.