Desde as primeiras horas desta quarta-feira (22), a Polícia Civil do Paraná (PCPR), em parceria com a ROTAM e Cope cumpriram 22 ordens judiciais contra integrantes do crime organizado envolvidos em homicídios ligados ao tráfico de drogas em Paranaguá.
O objetivo da Operação Integração foi cumprir 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva.
Para divulgar o balanço da operação foi realizada uma coletiva de imprensa na qual participaram: o Delegado Adjunto e Operacional Nilson Diniz, Doutor Rogério Delegado Chefe da 1ª SDP de Paranaguá e o Capitão Ozias da Polícia Militar.
“Todas estas armas apreendidas pela polícia nas últimas semanas vão ser submetidas ao confronto balístico, isso com certeza, vai ajudar na elucidação dos homicídios cometidos recentemente na cidade. Com relação à morte do adolescente no Beira Rio, descobrimos rapidamente quem eram os autores e foi pedida a prisão preventiva de um desses autores e a internação provisória de um adolescente envolvido. Mas, essas ordens judiciais não foram cumpridas, porque estes indivíduos estão em lugares incertos”, disse o Delegado Nilson Diniz.
Ele ainda completou.
“ Entre os homicídios, está aquele cometido na Praça do Guincho e o que foi cometido em represália no Parque São João. São casos que demonstram que Paranaguá possui por dois grupos rivais que lutam pelo domínio do tráfico de drogas na região”.
O Delegado destacou também a importância das denúncias da população para o sucesso das próximas etapas da operação.
“Há grandes indícios de que a ação de hoje prendeu apenas executores e não mentores intelectuais dos homicídios , esses, serão os próximos alvos da operação. Por isso, vale destacar que a repressão e a prevenção precisam caminhar lado a lado. Informações da comunidade fazem toda a diferença, a segurança é uma responsabilidade de todos e felizmente o cidadão parnanguara tem esta consciência, basta ligar anonimamente para o 181, o Narco Denúncia”, explicou o delegado.
Já o Delegado Chefe da Primeira Subdivisão Policial de Paranaguá, Doutor Rogério, explicou um detalhe curioso. Durante a operação desta quarta-feira (22) foi apreendida pelos policiais uma grande quantidade de capacetes usados, supostamente, por pessoas envolvidas em atos criminosos.
“Temos imagens de boa qualidade de várias regiões da cidade e os capacetes usados por pessoas que cometem crimes contra a vida nos ajudam nesta identificação. Não são provas irrefutáveis, mas nos auxiliam muito durante as investigações”, comentou Doutor Rogério.
Entre os itens apreendidos na operação: pistolas, arma caseira, celulares (alguns frutos de roubo), dinheiro, 100 Kg de fertilizante proveniente de vazada, porções de substâncias químicas análogas ao crack, porções de cocaína e maconha, capacetes, entre outros itens.
Sobre a arma caseira encontrada, o Delegado Nilson Diniz relatou o seguinte “uma arma que possui um poder lesivo como qualquer arma de fogo e a importância de apreendê-la é que se trata de uma arma a menos em circulação que está sendo usada para cometer crimes”.
