O crime conhecido como “vazada” já virou um dos principais desafios da segurança pública em Paranaguá. A cidade que conta com um dos maiores e relevantes portos do Brasil, também sofre com os prejuízos gerados por esta prática.
A dinâmica do ato, consiste na abertura das chamadas “bicas” dos caminhões para o despejo da carga nas vias públicas, e posteriormente no roubo deste material. O produto roubado é levado até o receptador, a pessoa que compra a carga roubada e que portanto, também está inserida na prática criminosa.
São inúmeros os transtornos gerados pela vazada, entre eles: prejuízo financeiro para o caminhoneiro e o dono da carga, sujeira nas vias e risco de acidentes.
Além disso, a carga cai no asfalto e o peso registrado em nota fiscal muda. O que faz com que ocorra um enorme problema na logística de transporte e descarga.
Para tornar a situação ainda mais dramática, não existe uma lei específica que possa punir os autores deste crime. A maioria nem chega a ficar detido.
Como uma forma de inibir a prática da vazada, órgãos de segurança atuantes em Paranaguá estão reunidos e devem lançar na manhã desta segunda-feira (12), a Operação Vazada.
“Em Paranaguá nós temos o problema das vazadas e também das pessoas que compram e armazenam esses produtos. A operação será composta por equipes das ROTAMs do 9º BPM, PRF e Guarda Municipal e de outras unidades da região”, explica o setor de comunicação do 9º Batalhão de Paranaguá.
A Operação Vazada vai ser realizada exclusivamente em Paranaguá. “Será uma operação de combate ao furto e à recepção de cargas e deve durar em torno de uma semana”, reforça a comunicação.