O mês de outubro é conhecido mundialmente pela campanha Outubro Rosa que visa a conscientização contra o câncer de mama.
Ao longo dos anos, alguns mitos com relação à doença começaram a cair por terra, como a ideia de que apenas mulheres mais velhas estão propensas à esta enfermidade.
Uma prova de que a câncer de mama não tem idade, é Paola Silva, uma jovem de 26 anos como tantas outras, cheia de sonhos, desejos e com a vida toda pela frente. Formada em engenharia civil e mãe do pequeno Bento, quem olha a moça linda na foto não imagina o momento delicado pelo qual ela viveu no passado.
Aos 13 anos, Paola percebeu algo de errado no seu corpo, mais especificamente nos seios. Começava ali uma dura e árdua batalha contra o câncer de mama.
“Tive um câncer na parede do tórax que cresceu para a mama, pois era o único espaço que tinha. Descobri a doença em 2009, com 13 anos, lembro do momento quando fui mostrar a mama para minha mãe, sem fazer ideia do que aquilo poderia ser, ela estava no banheiro secando o cabelo, e dava para ver a diferença entre as mamas pela blusa que eu usava, achamos estranho, tinha o tamanho de uma laranja, e logo em seguida marcamos médico, no qual, fui diagnosticada com um câncer que não tinha cura”, conta a jovem.
Apesar do suporte recebido por amigos e familiares assim que recebeu o diagnóstico da doença, Paola conta que não foi fácil, ela precisou fazer inúmeras adequações em sua rotina para conciliar o tratamento.
“Foi bem difícil e triste na verdade, não entendia muitas coisas a respeito, precisei trocar de colégio na época, pois o mesmo não dava o suporte necessário. Estava naquela transição de adolescente, então sofri bastante com a perda de cabelo, inclusive ouvi críticas de outras meninas que nem conhecia. Lidar com bullying durante um tratamento contra uma doença como essa, sobrecarrega muito o psicológico, é muita coisa nova para lidar, o corpo não corresponde ao que você quer por conta dos medicamentos pesados. Na época, a maior parte da minha família se afastou porque não sabia como lidar com a situação, quem me deu todo suporte foram meus pais e meu irmão. Ter a minha família junto foi fundamental para minha recuperação, cada qual com seu papel, mas a minha mãe foi quem mais me deu base e força, pois todas as vezes que eu internava era ela quem ficava comigo, ela quem passava horas consolando e acalmando, pois meu pai e irmão precisavam trabalhar, então eles me levavam, até ficavam um período, mas a maior parte do tempo era ela. E meus tios ajudavam a cuidar da nossa casa, manter organizada, para quando eu voltasse”, relembra.
Paola conta que apesar do momento difícil, conseguiu vencer e deixar a doença no passado. Segundo ela, apesar das dificuldades, a fase delicada proporcionou uma visão diferente da vida.
“Aprendi que Deus está a frente de tudo, e que a nossa força vem Dele! Você aprende a ver a vida por outro ângulo, a dar o devido valor para o essencial, entende que a vida acontece todo dia, e todo momento é especial, para não deixar nada para depois. Nós passamos a vida toda por provações, e quando Deus abre uma porta na nossa vida, ninguém pode fechar, ele nos protege em cada aflição”, conta ela.
Paola aproveita para falar sobre a importância do autoexame e deixa um recado para as mulheres que estão passando pelo mesmo que ela passou.
“É muito importante o autoexame, conhecer a si mesma, para ficar perceptível qualquer mudança que ocorra no seu corpo, quanto mais você se conhece, mais segura você está diante de qualquer adversidade que possa vir a ter. O autocuidado é a maior forma de amor próprio. Já para a mulher que descobriu um câncer e está lutando contra a doença, aconselho que se afaste de tudo aquilo que te faz mal, pois é fundamental para sua cura que você esteja cercada de pessoas que te causem transbordos, que façam seu coração sorrir, pensamento positivo por mais difícil que seja, seguir todas as orientações, e acima de tudo manter a fé no seu processo de cura!”, finaliza Paola.