Nas últimas semanas, Leandro Fossile, um pai desesperado para salvar a vida do filho tem viralizado nas redes sociais compartilhando o drama vivido dentro de casa.
Everton Leandro Loppnow Fossile, tem apenas um ano e dois meses. Ele nasceu com uma série de problemas de saúde e chegou a ser considerado morto por 14 minutos, segundo o pai.
No diagnóstico médico está a Holoprosencefalia Semilobar, que consiste em um defeito estrutural do cérebro, relativamente comum, na qual há o desenvolvimento incompleto ou ausente do prosencéfalo (lobo frontal) no início da gestação. Embora a causa não tenha sido completamente elucidada, pesquisadores acreditam que pelo menos metade dos casos de holoprosencefalia são decorrentes de defeitos cromossômicos.
Leandro conta que tem tido dificuldade para arcar com as despesas financeiras geradas com o tratamento de saúde do filho, considerado caro e complexo. Ele que faz o papel de pai e mãe ao mesmo tempo, teve que se afastar do trabalho para se dedicar integralmente aos cuidados com o pequeno.
“O Hospital Pequeno Príncipe pediu mais quatro enfermeiras para me ajudar com os cuidados com o meu filho, ganhamos na justiça este direito e o estado e o município se negaram. Minha mãe teve quatro episódios de AVC e não tem condições de me ajudar a cuidar dele. Meu irmão tem esquizofrenia e é perigoso ter um surto caso presencie meu filho tendo convulsões, o que sempre acontece. A minha cunhada trabalha 12 horas por dia, meu outro irmão me ajuda bastante, mas ele precisa trabalhar”.
Leandro afirma que já procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá para relatar os problemas e dificuldades que tem enfrentado, mas o resultado da conversa não foi o esperado.
“A Secretaria de Saúde me humilhou falando que eu impedi os cuidados com meu filho e disseram que dariam todo suporte, remédios, insumos, entre outros. Isso foi mentira, pois recebi tudo de doação: seringas 10ml e 3ml porque o estoque deles acabou, as luvas, a Unidade Básica de Saúde do Jardim Araça me forneceu, mas estavam vencidas desde o mês de maio. A fisioterapeuta e a fonoaudióloga deveriam vir até a minha casa de segunda a sexta-feira e só faziam isso duas vezes na semana e pelo período de três meses. Eu aceitei ter a UTI em casa, mas tive que pedir demissão no emprego, porque a mãe do meu filho me traiu e foi embora, tive que exercer o papel de pai, mãe, médico e tudo mais 24 horas por dia”, relata o pai.
Enquanto Leandro luta para ter seus direitos devidamente reconhecidos na justiça e receber junto ao poder público o tratamento adequado de saúde para seu filho, a população pode ajudar.
“As pessoas podem ajudar primeiro orando para que meu filho tenha forças para driblar esses obstáculos da vida. A doação de fraldas também é essencial, além de lencinhos umedecidos e roupas nos tamanhos 1 e 2. Também podem ser doadas seringas de 10 ml;5ml;3ml, luvas transparentes (podem ser aquelas usadas para tingir cabelo que são mais em conta), soro fisiológico 0,9%, água destilada e máscara descartável para visitas”, completa Leandro.
Quem puder colaborar com doações pode entrar em contato com a família através do telefone: (41) 9 9754-6323. Toda ajuda é importante e fará a diferença.