Pai que perdeu filha de três anos após atendimento na UPA desabafa: “não vou deixar barato”

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Na tarde desta quarta-feira (18), aconteceu o velório e sepultamento da pequena Laura, de apenas três anos, que faleceu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paranaguá, na terça-feira (17), com um quadro de bronquiolite. A despedida foi realizada no Cemitério Municipal São Benedito.

Relembre: Nossa equipe de reportagem entrou em contato com o pai, Jhone Cordeiro, e segundo ele, a menina estava com dificuldades de respiração por conta da bronquite quando foi levada para a UPA. Lá, o médico de plantão realizou os procedimentos de inalação e, em seguida, aplicou uma injeção na criança, que teria morrido logo em seguida, nos braços da mãe.

Ele [o médico] falou assim: não vou querer internar sua filha, vamos fazer um procedimento para ver se resolve e vocês tratam em casa. Primeiro fizeram a inalação, ela estava normal, e depois aplicaram a injeção, que eu não sei qual foi, e ela morreu na hora”, contou o pai à reportagem.

Jhone comenta que os profissionais da UPA informaram que a menina já havia chegado com sintomas graves de bronquiolite à unidade de saúde. “Mas ela sempre teve isso, e a gente levava direto para o Hospital Regional, por saber da fama da UPA. O Regional atendia e no outro dia ela já estava em casa, mas com a pandemia, acabaram proibindo”, diz.

Outro ponto informado pelo pai é de que não havia pediatra de plantão na UPA na data do acontecimento e de que o clínico geral não informou qual foi a injeção aplicada na criança. Além disso, ele questiona a respeito da documentação atestando o óbito.

Eu não recebi nenhum documento, nenhuma guia amarela ainda [na quarta-feira (18)]. Tivemos contato com a administração da UPA, que nos informou que não iriam nos passar a guia. O corpo da minha filha foi retirado pela funerária da unidade e, de acordo com eles, eu deveria realizar algum procedimento padrão na prefeitura. Mas a funerária deu a data do óbito como hoje (18)”, comenta.

Ele afirma que quer saber qual foi a causa da morte da filha e que irá buscar mais informações sobre quais procedimentos foram realizados na menina. “Se foi algo incorreto, isso não vai parar por aqui”, diz.

Jhone tem outros quatro filhos: o irmão gêmeo de Laura, mais um casal de gêmeos e um bebê. Segundo ele, Laura, que havia completado três anos na última sexta-feira (13), sempre teve bronquite e o quadro se agravava no inverno, mas a situação sempre foi controlada e estável.

Pai diz que vai tomar as medidas cabíveis

O pai conta que a menina era saudável e, apenas no nascimento, por ter nascido prematura por conta da gestação gemelar, precisou ficar internada por, aproximadamente, três dias. “Ela sempre teve a bronquite, mas tratava e voltava para casa normal. Dessa vez eu realmente não sei o que aconteceu, se foi o médico, o procedimento errado, que aconteceu isso”, lamenta.

Agora, Jhone pretende tomar as medidas cabíveis para desvendar qual foi a causa da morte de Laura. “A gente vai correr atrás do laudo, saber quem foi o médico que atendeu a Laura, qual foi o medicamento da injeção e correr atrás dos procedimentos cabíveis. Eu vou fazer justiça pela minha filha e pela filha desse pai que me procurou, não vou deixar barato”, finaliza.