Uma notícia que trouxe alívio e esperança em dias melhores para centenas de famílias no Litoral do Paraná: Acabou no dia 31 de maio, o período de defeso do camarão, o qual, iniciou em 1º de março deste ano, a determinação vale para as regiões Sul e Sudeste do Brasil. O período de defeso é importante porque garante a reprodução da espécie e evita que ela corra o risco de desaparecer.
Somente no Litoral do Paraná, 6.000 pessoas sobrevivem da pesca, sendo boa parte, usuária dos métodos artesanais. Embora a liberação do crustáceo esteja liberada é imprescindível que algumas normas previstas em lei sejam obedecidas, entre elas: captura de crustáceo com tamanho correto e o tamanho das malhas das redes que deve ser levado em conta.
Entre as espécies que agora estão liberadas para a captura: o camarão rosa (Farfantepenaeus paulensis, Farfantepenaeus brasiliensis e Farfantepenaeus subitilis), sete-barbas (Xiphopenaeus kroyerl), branco (Litopenaeues schimitti), santana (Pleoticus muelleri) e barba ruça (Artemesia longinaris).
Nos momentos em que antecedem o fim do defeso a expectativa é grande em todo o Litoral do Paraná, os barcos de pesca ficam apostos para iniciar uma temporada intensa de trabalho que pode durar entre uma e duas semanas. A expectativa para o recomeço da captura do crustáceo estava ainda maior neste ano, pois o valor concedido às famílias em virtude do Seguro Defeso está atrasado em todo Brasil.
Segundo uma matéria publicada sobre o tema pelo site de notícias Correio do Litoral, no município de Guaratuba, o camarão sete-barbas é uma das principais fontes de receita da cidade. Só no ano de 2020, devido aos impactos econômicos gerados pela pandemia, a captura do camarão marinho alcançou o Valor Bruto de Produção de aproximadamente R$ 58 milhões, mais do que um terço do VLB total do município (R$ 149 milhões), englobando também a bananincultura (R$ 64 milhões).
Foto: Rádio Litorânea