Procura pela tainha já começou no Litoral do Paraná

Pelo segundo ano consecutivo, Paranaguá não terá Festa da Tainha. Crédito da Foto: Gazeta do Povo

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A tainha é uma das grandes “estrelas” da culinária caiçara, prova disso, é que a iguaria tem até uma festa gastronômica em que ela é o prato principal. A tradicional Festa da Tainha, costuma ser realizada no mês de junho em Paranaguá e reúne dezenas de comunidades pesqueiras do nosso litoral, que durante o evento, têm a oportunidade de comercializar diferentes receitas da tainha e aumentar o rendimento familiar.

Neste ano, mais uma vez, o evento não será realizado em virtude do distanciamento social imposto pela pandemia, o que gera grande prejuízo para o turismo local e em especial para as comunidades pesqueiras. Mas, mesmo sem a festa, há quem não deixe de apreciar o peixe, que com seu gosto peculiar, encanta até os paladares mais exigentes.

A captura da tainha é permitida do mês de maio ao dia 31 de julho, sendo os meses de junho e julho, os mais propícios à reprodução da espécie, devido as baixas temperaturas e, portanto, nestes meses é maior a oferta do pescado.

Segundo a empresária Milleny Braga, proprietária de uma banca de pescados no Mercado Municipal de Paranaguá, quanto mais frio, maior o peixe, por isso, a procura já começou e deve aumentar nos próximos dias.

“Com os dias frios que temos registrado, a reprodução da tainha está grande, por isso, só nesta semana, nossa banca já recebeu mais de uma tonelada do pescado. Os peixes estão grandes, mas vão vir ainda maiores, porque quanto mais frio está o tempo, maiores chegam as tainhas. A procura já está grande e deve aumentar ainda mais na próxima semana”, disse Milleny.

A pesca industrial da tainha é considerada bastante prejudicial ao ecossistema, por mais que a oferta do peixe neste período seja grande, o ideal é que a captura seja feita artesanalmente pelo pescador. A orientação dos biólogos e demais especialistas em vida marinha, é que haja consciência por parte das comunidades pesqueiras, para que assim, o peixe consiga se reproduzir de forma sustentável e não corra o risco de desaparecer dos nossos mares.

Segundo os comerciantes do ramo pesqueiro, o parnanguara até tenta, mas é difícil resistir à iguaria. “Muitas vezes, o cliente que vem até o Mercado Municipal e não está à procura da tainha, porém, eles não resistem. Quando se dão conta que elas chegaram, acabam levando para casa, não tem jeito”, relata Milleny.