Psicóloga explica até que ponto o consumo de Reality Show é considerado saudável

Crédito da Foto - Gente IG

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Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nos últimos dias foi a estreia do Big Brother Brasil, o BBB 22, reality show exibido pela Rede Globo da Televisão.

Neste período, muitos brasileiros assinam o chamado payperview um pacote de transmissão disponibilizado pela emissora que oferece uma cobertura completa e ininterrupta do programa.

O consumo do entretenimento, a popular “espiadinha”, por sua vez, precisa estar dentro do que é considerável saudável, de acordo com os psicólogos.

Quem conversa com o Portal E+ Noticiais sobre este assunto é a psicóloga Kassiely Pereira de Oliveira de Sá Maranhão. Confira!

É comum esta curiosidade das pessoas em assistir programas como o BBB?

Ao assistir realities shows, as pessoas buscam por entretenimento, por mais uma forma de se divertir, então sim, é comum que as pessoas sintam curiosidade, especialmente em assistir programas que retratem o comportamento de outras pessoas.

Hoje com a facilidade de acesso à informação, muitas notícias são veiculadas sobre os programas e os participantes, fato que gera mais interesse em estar por dentro do assunto.

Além disso, é um produto que pode provocar muita identificação no público, seja com as histórias de vida, dificuldades, vitórias, conflitos e aspectos emocionais envolvidos nos realities. Assistir a um programa como o Big Brother Brasil, é uma forma segura de ter acesso a informações e experiências de pessoas que estão expondo ao máximo sua vulnerabilidade 24 horas por dia, e isso por si só gera uma sensação de prazer e satisfação, de saber como as outras pessoas se comportariam em determinadas situações, comparando-as com a sua própria realidade.

A curiosidade também pode se dar pela grande visibilidade que alguns temas são retratados, como a homossexualidade e o machismo, por exemplo. A vontade de debater tais assuntos e de dialogar com outras pessoas faz com que as pessoas se sintam mais incluídas em grupos sociais, como a família, amigos e no trabalho.

Até que ponto o entretenimento é considerado saudável? Especialmente para as pessoas que assinam pacotes para assistir aos programas 24h.
Em alguns momentos podemos fazer comparações injustas entre as vivências apresentadas nos programas e a nossa própria realidade e isso pode não ser considerado saudável. Isso pode acontecer pela comparação entre a aparência física dos participantes e o próprio corpo ou os padrões de vida que ali são expostos, por exemplo.
Podemos também considerar como práticas nocivas os julgamentos desenvolvidos sobre os participantes ou a própria dinâmica do programa e a “cultura do cancelamento” que é desenvolvida por meio de interpretações advindas de recortes de câmeras, em um curto período e os desentendimentos que podem acontecer entre pessoas que se envolvem emocionalmente e torcem para participantes diferentes no jogo.

Existem casos em que as pessoas podem deixar suas atividades de lado por conta de Reality show?

Sim, quando desenvolvem um estado de dependência do conteúdo do programa. Porém, está conduta por trazer consequências negativas físicas, mentais, emocionais, sociais e financeiras para as pessoas que sofrem com os vícios em Realities Shows, já que estas estarão afastadas do “mundo real” e podem encarar os programas como uma justificativa para não enfrentar suas questões pessoais.

 

KASSIELLY PEREIRA DE OLIVEIRA DE SÁ MARANHÃO

PSICÓLOGA PERINATAL – CRP 08/34023

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