Já faz quase dois anos que os primeiros casos de Covid-19 começaram a aparecer no Brasil. Mesmo passado esse tempo, ainda há muitas dúvidas relacionadas a doença. Por isso, o Portal Notícias selecionou algumas delas e enviou para o médico João Zattar. Confira na entrevista!
Doutor, qual a importância de receber a dose de reforço da COVID?
A dose de reforço é como se fosse um desafio a mais que você implanta no seu sistema imunológico que vai criar uma barreira ainda maior para combate à doença. É claro que saindo novas variantes é natural que tenhamos que fazer novas doses de reforço.
No caso das crianças, há muitos pais que estão receosos em vacinar.
Isso é natural, porque estamos falando de uma doença que na criança tende a ser um pouco mais leve. Porém, se trata de uma doença que possui muitas “fake news” relacionadas, sabemos que a vacina é segura e foi aprovada pela Anvisa e como estão surgindo novas variantes, não sabemos como o organismo daquela criança vai reagir, por isso, é importante vacinar. A vacina não previne que você contraia a Covid-19, mas contribui para evitar casos mais graves da doença, por isso, é preciso vacinar, inclusive as crianças.
Mesmo com as doses em dia, é essencial o uso de máscara e álcool em gel, não é mesmo?
Além da vacina, os meios de bloqueio para evitar o contágio devem ser mantidos, a máscara e o álcool gel estão entre eles.
Se eu estou positivado e moro na mesma casa que outras pessoas que não estão com a doença. Quais os cuidados necessários?
Importante que esta pessoa positivada se isole em um ambiente, de preferência um quarto com banheiro. Se for frequentar um ambiente da casa onde estão outras pessoas, é necessário fazer o uso da máscara, se for usar um banheiro de uso comum, é preciso realizar a higienização.
Ainda há muita confusão com relação aos sintomas de uma alergia, resfriado, gripe e sintomas da COVID. Existe algo muito peculiar que consiga designar a doença?
A única maneira para ter certeza é o teste do “cotonete”, ou ainda o antígeno, que é o teste rápido. A Covid-19 tem sintomas muito parecidos com um de resfriado, como tosse, espirro, dor de garganta, em outras pessoas pode ocasionar febre e perda do olfato e paladar. Como são sintomas muito semelhantes, o ideal mesmo é a realização de um teste.
Em Paranaguá, seus pacientes que tiveram a COVID um tempo atrás, têm apresentado uma sequela mais recorrente?
Com a vacinação, eu não tenho observado tantas sequelas nos pacientes, aquela famosa “Síndrome Pós-Covid”, mas é claro pode ocorrer uma fraqueza, uma tosse mais persistente por duas ou três semanas após contrair a doença, mesmo que em menor escala quando comparado com o período antes da vacinação.
Já é possível avaliar a eficácia da vacinação?
A eficácia da vacina já tem sido avaliada antes mesmo de ela começar a ser aplicada e na prática isso só se confirma. Talvez não diminuía o número de pessoas infectadas porque há variantes como a Ômicron, que podemos considerar como o vírus mais contagioso que já circulou entre os seres humanos, mas, é notória a função da vacina que é reduzir os sintomas e evitar casos mais graves que podem evoluir para o óbito.
