Secretária de Educação de Guaratuba e Assessor Parlamentar são indiciados por morte de DJ

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Uma polêmica no meio político de Guaratuba ganhou repercussão nacional nos últimos dias. A Secretária Municipal de Educação, Fernanda Estela Monteiro e o Assessor Parlamentar Luis Alexandre Barbosa estão sendo indiciados pela morte da DJ Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos.

Os dois respondem por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O episódio aconteceu no dia 15 de novembro, em Curitiba, durante a parada da diversidade. Laurize estava trabalhando como DJ no trio elétrico Águia, quando o veículo se enroscou com fios de telefonia, o que ocasionou em sua queda. A mulher chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Estado do Paraná, a Secretária é proprietária da empresa responsável pelo trio elétrico e Luis Alexandre é seu colaborador, além de ser ex-assessor parlamentar do então Deputado Estadual Nelson Justus. Ainda de acordo com as informações da PCPR, o indiciado havia contratado uma equipe para erguer os fios durante a passagem do caminhão.

O crime é considerado doloso, porque segundo a polícia, a empresa mentiu a altura do caminhão para obter a Autorização Especial de Trânsito (AET), ou seja, assumiu o risco de matar.

O caso chegou até o Ministério Público que está auxiliando nas investigações. A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria da prefeitura de Guaratuba para buscar um posicionamento sobre o episódio, mas eles alegaram que “não querem se pronunciar sobre o assunto”.

No portal da transparência do município, Fernanda Estela Monteiro aparece como ativa, ou seja, permanece ocupando o cargo de Secretária Municipal de Educação.

A informação repassada por moradores de Guaratuba é que em nenhum momento, ela se afastou do cargo. Ainda segundo os moradores, a notícia se espalhou rápido pela cidade e está causando bastante polêmica.

Outros Indiciados 

Também foram indiciados por homicídio doloso: Sidnei José Dos Santos e Makaiver Sabadin de Lara. Um deles é colaborador da empresa e foi responsável por contratar auxiliares para erguer os cabos que iriam estar no trajeto percorrido pelo caminhão. Já o outro, era motorista do veículo.

Conforme informou a delegada Camila Cecconello, no caso do motorista do caminhão, ele assumiu o risco de matar quando aceitou dirigir um veículo nas condições em que se encontrava.

“Ele alegou que, devido ao tamanho do trio e por não ter visão nos retrovisores, não era possível visualizar o que estava acontecendo na parte traseira. Além disso, estava dirigindo com o tacógrafo vencido, o que impediu a averiguação da velocidade”, disse a delegada.

Testemunhas

Ao todo 26 testemunhas estão sendo ouvidas. De acordo com elas, quando o caminhão se aproximou da área com fiação, o motorista continuou fazendo curvas e a pessoa contratada para erguer os fios não teve força para executar o trabalho, o que ocasionou o acidente. Um outro homem também caiu do veículo, mas teve apenas ferimentos leves.

Além das testemunhas, as câmeras de segurança da região do ocorrido estão sendo analisadas. O inquérito da Polícia Civil já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). Agora cabe ao órgão oferecer ou não denúncia contra os envolvidos.

Fotos e informações: RPC