Temporada de verão aumenta circulação de cédulas falsas no Litoral do Paraná

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Durante a temporada de verão, o movimento de visitantes no Litoral do Paraná aumenta consideravelmente.

Neste período, cresce também a circulação de dinheiro nos comércios locais. É neste momento que os comerciantes e empresários devem ficar atentos.

Muitos criminosos aproveitam o movimento intenso nos estabelecimentos comerciais e a sobrecarga dos funcionários para passar cédulas falsas, trazendo prejuízo e dor de cabeça.

Sobre este assunto, o Portal E+ Notícias entrevistou o Tenente-Coronel Renato Luiz Rodrigues Júnior, do 9º Batalhão da Polícia Militar. Confira!

Crédito da Foto – PM PR

Existe muita circulação de notas falsas no Litoral do Paraná durante este período de verão?

A falsificação de dinheiro é um problema que afeta a todo o comércio durante o ano. Na alta temporada, obviamente, com o aumento da circulação de turistas pelo Litoral do Estado, esse número de ocorrências tende a crescer, contudo, as nossas equipes policiais militares de Patrulhamento Comercial, modalidade de patrulhamento baseada na filosofia do policiamento comunitário, têm empenhado esforços diários na proteção dos principais eixos comerciais dos municípios e seus usuários, fato que tem sido determinante para a diminuição ativa deste tipo de delito em nossa região.

De acordo com uma pesquisa levantada na data de hoje, 07 de fevereiro, pela Seção de Planejamentos e Operações do 9º BPM (P3), desde o início da Operação Verão Viva a Vida, em dezembro de 2021, apenas 03 ocorrências do gênero foram registradas em todo o Litoral do Paraná, dado que confirma o sucesso da aplicação do Policiamento Comercial nas cidades sob responsabilidade do 9º Batalhão de Polícia Militar. Então, claramente, podemos afirmar que há poucas notas falsas circulando pela região durante este período de temporada.

Como identificar uma nota falsa de maneira simples?

Hoje há duas famílias de notas em circulação no Brasil:
• Primeira Família do Real: as primeiras cédulas foram lançadas em 1994 e valem até hoje, mas estão sendo gradualmente substituídas;
• Segunda Família do Real: a mudança do design das notas começou em 2010 e mais recentemente teve a inclusão da nota de 200 reais.

*SEGUNDA FAMÍLIA DO REAL (atual)*

Estes são os elementos que devem ser verificados para checar se uma nota da Segunda Família é falsa:
*a. Marca-d’água*
Basta colocar a nota contra a luz para ver, na área clara, a figura do animal e o número do valor da nota em tons que variam do claro ao escuro.
*b. Alto-relevo*
Pelo tato, dá para sentir o relevo em algumas áreas da nota. Por exemplo:
• Na frente, na legenda “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”;
• Nas laterais e nos números indicativos do valor (nas notas de R$10 e R$20, apenas no número inferior esquerdo);
• No verso, na legenda “BANCO CENTRAL DO BRASIL”, no animal e no número indicativo do valor (apenas nas notas de R$20, R$50 e R$100).
*c. Número escondido*
Ao colocar a cédula na altura dos olhos, na posição horizontal, é possível ver o valor da nota aparecer nas áreas indicadas na imagem. Importante: o lugar precisa estar bem iluminado para que o número escondido apareça.
*d. Faixa holográfica (apenas nas notas de R$50 e R$100)*
Ao movimentar essas notas, dá para ver nessa faixa os seguintes efeitos:
• O número do valor da nota e a palavra REAIS se alternam;
• A figura do animal fica colorida;
• Na folha (nota de R$50) e no coral (nota de R$100) aparecem diversas cores em movimento
*e. Número que muda de cor (apenas nas notas de R$10 e R$20)*
Ao movimentar essas notas, o número assinalado muda do azul para o verde. Uma faixa brilhante parece rolar pelo número.

*PRIMEIRA FAMÍLIA DO REAL*

As cédulas da Primeira Família têm design e algumas características de segurança diferentes.
*a. Marca-d’água*
Ao segurar a nota contra a luz, uma das seguintes figuras deverá aparecer:
• Nas notas de R$5 e R$10, a Bandeira Nacional;
• Nas notas de R$2, a tartaruga e o número 2;
• Nas notas de R$20, o mico-leão-dourado e o número 20;
• Nas notas de R$50 e R$100, a efígie da República.
*b. Imagem latente*
Quando a nota está deitada, com o canto esquerdo inferior apontando para a pessoa, as letras BC aparecerão. Nas notas de R$2 e R$20, a nota deve ficar deitada de frente.
*c. Alto-relevo*
Algumas áreas das notas têm o relevo sensível ao tato:
• A palavra “BANCO”;
• Os números que marcam o valor da nota (no centro e no canto superior direito);
• O detalhe na testa da efígie;
• No verso, um detalhe do animal, um pouco à esquerda e acima do centro da nota’
• Também no verso, um detalhe entre o numeral e o valor da nota escrito por extenso.
*d. Registro coincidente*
No lado direito da nota, embaixo do valor do canto superior, está escondido o desenho das Armas Nacionais – as partes impressas no verso casam certinho com as da frente. Para enxergar o símbolo, é preciso segurar a cédula em direção à luz.

Qual a cédula falsificada com mais frequência?

A falta de conhecimento por boa parte da população em relação a identificação de notas falsas é um prato cheio para os criminosos que, habitualmente, falsificam as notas de maiores valores, justamente pelo fato da maioria das pessoas terem pouca intimidade com o manuseio diário dessas cédulas. No Brasil, a nota de real mais frequentemente falsifica é a de 100 reais, seguida da de 200 reais.

O que fazer caso seja uma vítima dos golpistas?

A falsificação de dinheiro realmente é um problema que pode dar muito prejuízo para inúmeras pessoas. Por isso o importante é sempre estar atento para não se tornar mais uma vítima desse tipo de delito.

Primeiramente, caso você suspeite que uma nota é falsa, não receba como pagamento pelo serviço prestado, e se recebeu, não repasse essa cédula adiante, pois isso é crime e está previsto no Artigo 289 do Código Penal Brasileiro, podendo resultar em até dois anos de prisão e multa.

Em segundo lugar, o ideal é acionar a Polícia Militar por meio do número de emergência 190 ou através do aplicativo 190 PR.

Nunca deixe de registrar esse tipo de ocorrência. Esses dados são importantes, uma vez que colaboram para o aprimoramento das forças de segurança no combate à falsificação e disseminação de dinheiro falsificado.