Todos os bairros de Paranaguá estão em situação crítica para casos de dengue

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Apesar de a cidade de Paranaguá já ter enfrentado um período muito difícil, entre 2015 e 2016, quando passou por uma epidemia de dengue, que matou 36 pessoas e contaminou outras 16.392, parece que a população ainda não entendeu a gravidade da doença. O município ainda possui um alto risco para uma nova epidemia e continua confirmando novos casos a cada semana.

O último boletim da dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA), que contabiliza a quantidade infectados durante o ano epidemiológico que se iniciou em agosto de 2020 e finaliza em julho de 2021, mostra que 2.273 pessoas já foram contaminadas até o dia 12 de maio.

“Não tem um bairro que esteja melhor”

De acordo com a coordenadora de Endemias da prefeitura, Ângela Marques de Almeida, todos os bairros da cidade estão em situação crítica com relação à doença. “Paranaguá inteira está com um índice elevado de criadouros, não existe um bairro que esteja melhor, então tratamos o problema como um todo”, explica.

Nesta segunda-feira (24), os agentes de endemias estão realizando ações de remoção de criadouros em todos os bairros do município. A ação consiste na retirada de todo material que possa se tornar um criadouro do mosquito Aedes aegypt, acumulando água parada. “Entramos na residência do morador e jogamos fora todo esse material. Posteriormente, máquinas e caminhões retiram todo o lixo recolhido”, conta Ângela.

Foi o documento de Leitura de Índice Rápido (LIRA), feito pela prefeitura, que demonstrou a infestação de mosquitos em Paranaguá. Inclusive, foi por meio deste documento que a administração municipal solicitou ao Governo do Estado a aplicação do fumacê (inseticida que elimina os mosquitos adultos) em 100% da cidade.

“O fumacê é muito importante, pois elimina os mosquitos já adultos das ruas. Já a retirada dos criadouros elimina as larvas do Aedes aegypti”, diz Ângela.

Apesar de o problema estar localizado em todos os bairros, a Ilha dos Valadares, Parque Agari, Jardim Paraná, Rio da Vaca, Jardim Iguaçu e Santa Helena possuem índices extremamente altos de criadouros do mosquito, informa a coordenadora de Endemias. Isso acontece devido ao acúmulo e descarte incorreto de lixo, o que possibilita a junção de água parada – ambiente ideal para a proliferação do mosquito.