Uso da vacina Oxford/AstraZeneca está proibido em gestantes e puérperas

Gestantes devem aguardar as novas determinações do Ministério de Saúde. Crédito da Foto: UOL

Gostou deste conteúdo? compartilhe...

Facebook
WhatsApp
Email

O caso de uma gestante que teria morrido, na última sexta-feira, após ser imunizada com a vacina Oxford/AstraZeneca repercutiu em todo país. Ontem (11/05), membros do Ministério da Saúde e Especialistas do Comitê do Programa de Imunizantes (PNI), participaram de uma entrevista coletiva para alertar que o episódio ainda está em investigação e que ainda não é possível afirmar, que a morte da gestante ocorreu devido ao uso do imunizante.

Diante do ocorrido, no momento, está proibida a utilização do imunizante Oxford/AstraZeneca em grávidas e puérperas (mulheres que tiveram filho recentemente). Vale ressaltar, que a vacinação deste público só é permitida, caso apresentem alguma das comorbidades enumeradas pelo Ministério da Saúde.

Outra orientação, até o momento, é que as gestantes e puérperas com comorbidades que já foram vacinadas com este imunizante, não recebam a segunda dose. Apesar da decisão de suspender o uso do imunizante nestes casos, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância da vacina, inclusive a Oxford/AstraZeneca.

Na imagem, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Crédito da Foto – Agência Brasil

“Quero reiterar a confiança na segurança e eficácia nestas vacinas. Todo programa de vacinação é coordenado por uma equipe técnica com suporte de câmara técnica dos mais renomados especialistas do Brasil”, reiterou ele.

A decisão do Ministério da Saúde e da PNI de iniciar a imunização de gestantes e puérperas, se deu, pelo elevado número de óbitos por Covid-19 registrados dentro destes grupos, segundo eles, nesta situação, os benefícios superariam os riscos.

O professor titular da USP e diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, Jorge Kalil, também se pronunciou sobre o fato, em entrevista à Agência Brasil. “Ficamos chateados com essa perda. Mas ainda não está claro que a vacina tenha sido a causa desta trombose. Estamos examinando detalhes de todo o prontuário para que a gente chegue a uma conclusão e esclareça a todos. Por isso mesmo que estamos esperando exames para orientarmos de uma forma tranquila”, completou ele.

A gestante que veio à óbito, estava com 23 semanas de gestação e era do Rio de Janeiro, ela foi internada dois dias antes de morrer com quadro de cefaleia excrucitante (dor de cabeça muito forte) e diagnóstico de AVC hemorrágico.

A orientação dos médicos, é que a gestante que recebeu o imunizante da Oxford/AstraZeneca há pelo menos 15 dias deve ficar atenta a qualquer sintoma relacionado à trombose, como: Dor no peito, falta de ar, dor de cabeça, visão turva, dor abdominal e inchaço na perna – Caso eles existam, o atendimento deve ser procurado imediatamente. Já, quem está imunizada há mais de 15 dias e não apresentou nenhum sintoma, não deve se preocupar.

As gestantes e puérperas com comorbidades devem agora, aguardar as novas orientações que serão emitidas pelo Ministério da Saúde e procurar um médico de sua confiança sempre que acharem necessário.